Delegados vão à Justiça para forçar Rui a dispensá-los dos cargos de chefia

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 10 de junho de 2022 às 05:00

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Delegados da Polícia Civil que entregaram ao governador Rui Costa (PT) os cargos comissionados de chefia e coordenação em todo o estado vão ingressar com uma ação para pedir desligamento por via judicial. Ao todo, segundo apurou a Satélite, 170 já solicitaram formalmente ao governo o desligamento das funções de confiança, em movimento iniciado no fim de março. À época, 99 delegados dos departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) divulgaram nota pública para comunicar a decisão conjunta de entregar os cargos. No entanto, há mais de dois meses  o governo vem se recusando de forma sistemática a assinar a dispensa. 

Soma de forças Diante das negativas, o grupo de delegados decidiu acionar juridicamente o governo para que sejam destituídos e alegam que não desejam mais assumir os postos. Junto a eles, se uniram 28 peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) na mesma situação, entre médicos-legistas, odontolegistas e criminais.

Buraco sem fim A guerra judicial declarada pelos delegados e peritos do DPT tende a elevar ainda mais os desgastes causados a Rui Costa pela onda crescente de violência na capital e interior. Os 170 delegados que exigem dispensa imediata dos postos de chefia preenchem mais da metade dos cerca de 300 cargos comissionados reservados à categoria na estrutura da Civil. Acontece que outros 200 formalizaram com antecedência o desinteresse em assumir o lugar dos colegas que se rebelaram. Caso a Justiça obrigue o governo do estado a efetivar a saída do grupo, criará um vácuo no comando de delegacias, departamentos e demais órgãos da polícia.

Mergulho na geleira A nova pesquisa Real Time Big Data sobre a sucessão estadual, divulgada ontem pela Record Bahia, teve efeito de banho gelado sobre a pré-campanha do candidato do PT ao Palácio de Ondina, Jerônimo Rodrigues. Quase quatro semanas após a sondagem anterior do instituto, de 17 de maio, o petista manteve os mesmo 18%, apesar do esforço empenhado por cardeais do partido para impulsioná-lo. Como se fosse pouco, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) oscilou um ponto a mais, subindo de 55% para 56%.

Cerca montada O prefeito Bruno Reis (União Brasil) deu o pontapé para desapropriar 22 duas áreas situadas na orla da capital  e que se estendem do limite da Boca do Rio com Pituaçu até Patamares. Ao todo, os terrenos que tiveram a declaração de utilidade pública decretada ontem somam 74,5 mil metros quadrados, grande parte localizada no miolo que separa os dois sentidos da Avenida Octavio Mangabeira. Embora o plano para as áreas esteja mantido em segredo, projetos viários e de requalificação urbana são as hipóteses mais cogitadas.

Caso ou acaso Coincidência ou não, o decreto surge no rastro das declarações de Bruno Reis sobre a possível transferência do Circuito Barra-Ondina para o trecho entre a Boca do Rio e Patamares no Carnaval de 2023.Muitos cidadãos passaram a não ter condições de colocar o pão na mesa e garantir o sustento de sua família. Assim, fica inviável, no atual momento, pagar dívidas contraídas na pandemia Dayane Pimentel, deputada federal da União Brasil, ao propor perdão temporário para pessoas com nomes negativados durante a crise da covid-19