Depois de dois meses no escuro, fornecimento de luz elétrica é reestabelecido na Ufba

Após dois anos de aulas remotas, retorno presencial ocorre na próxima segunda-feira (7)

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  • Da Redação

Publicado em 4 de março de 2022 às 10:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

Com o Pavilhão de Aulas Glauber Rocha (antigo PAF III), o Instituto de Letras, o Restaurante Universitário (RU) e a Biblioteca Central Reitor Macedo Costa sem luz desde 28 de dezembro, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) vai sair do escuro. A instituição informou que com a ligação da energia, que será realizada pela Coelba na tarde desta sexta-feira (4), estarão concluídos os trabalhos de renovação da rede de alimentação de eletricidade, normalizando o fornecimento de energia nos quatro prédios. 

A Ufba destaca que o reestabelecimento da energia elétrica das unidades afetadas pelo problema ocorre ntes do início do semestre letivo 2022.1, previsto para começar na próxima segunda-feira (7). "Preparar a Universidade para a retomada de atividades presenciais paralisadas após quase dois anos é tarefa que exige todo cuidado e que vem sendo encarada com o zelo e a diligência necessários pelos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Bahia", informa a universidade, em nota.

Além disso, a Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai) ampliou contratos de manutenção e formou equipes de trabalho - os chamados mutirões - que executam serviços de adequação de salas e banheiros, pintura, requalificação das esquadrias, manutenção elétrica e jardinagem.

Esses serviços, vale observar, denotam o esforço da Administração Central no sentido de superar os desafios colocados pelo grave cenário de retração orçamentária enfrentado pela UFBA e pelo conjunto das universidades federais brasileiras nos últimos anos - quadro agravado, evidentemente, pela pandemia.

O campus de Ondina é o que reúne a maior parte dos cursos de graduação e pós da instituição. A causa da falta de luz, que durou mais de dois meses, foi provocada por um problema em  um  cabeamento  antigo, que alimenta os quatro prédios. 

“É uma fiação antiga, de muito tempo, quando a universidade não tinha a  demanda de hoje. Ela [a fiação] que faz a distribuição dos quatro prédios até o poste na avenida Adhemar de Barros e veio a quebrar”, contou o coordenador administrativo do Instituto de Letras, Hugo Correia, na ocasião.

Em nota, a Ufba informou que um “problema técnico” na rede da Coelba causou a sobrecarga nos cabos de alimentação de energia do PAF III, Biblioteca Central, Instituto de Letras e Restaurante Universitário, “com dano permanente nos mesmos”.  

Em conjunto, a Ufba e a Coelba chegaram à conclusão de que a “alimentação deve deixar de vir diretamente da rede externa da avenida Adhemar de Barros e passar a ser fornecida a partir da CTS 3 - Central de Tensão do campus de Ondina, que faz parte da rede integrada de energia recentemente implantada pela universidade e que já está sob a tutela da Coelba”, diz o texto da nota.

Ainda de acordo com a instituição de ensino, a Superintendência de Meio Ambiente e Manutenção (Sumai) providenciou a compra de novos cabos, demais equipamentos e acessórios, agora em fase de instalação. “Os cabos deverão ser energizados, normalizando o fornecimento de energia aos quatro prédios a partir da próxima semana, antes, portanto, do início do semestre letivo 2022.1”, finaliza o texto. 

Desde o início da pandemia, as atividades acadêmicas presenciais nos campi da Ufba foram suspensas, salvo exceções. A instituição não respondeu sobre os valores dos cabos, o ano da fiação elétrica do campus e a quantidade de pessoas que frequenta os prédios atingidos.

Procurada na ocasião, a Coelba informou que "o fornecimento de energia por parte da distribuidora para a Universidade Federal da Bahia está normal, sem ocorrências". Disse ainda que "reforça que não existem pendências com a Ufba".