Desfalques podem fazer Rodriguinho ganhar nova chance no Bahia

Principal contratação da temporada, camisa 10 não inicia uma partida desde dezembro

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Em reta final de temporada, toda ajuda parece ser válida. Ainda mais quando a luta é para não ser rebaixado para a segunda divisão. No caso do Bahia, o técnico Dado Cavalcanti vai mesmo precisar de um reforço extra.

A três jogos do fim do Brasileirão e com a meta de manter o Bahia na Série A, Dado vive momento que nenhum treinador gosta: o de acúmulo de desfalques. Apesar de ter retornos importantes, como o goleiro Mateus Claus e o lateral Matheus Bahia, as ausências se multiplicam no Esquadrão.

Só no meio-campo, o treinador já não contava com o volante Edson, diagnosticado com covid-19, e o meia Ramírez, que rompeu os ligamentos do joelho e vai passar pelo menos seis meses longe dos gramados. Para piorar a situação, os prováveis substitutos do colombiano também estão fora de ação. Enquanto Daniel foi expulso contra o Goiás e vai cumprir suspensão, Ramon também está com covid-19.

A escassez de opções pode fazer com que jogadores que estão em baixa ganhem mais uma oportunidade. O principal deles é o meia Rodriguinho. Principal contratação na temporada, o meia chegou ao clube com pompas e recebeu a camisa 10. Chegou a fazer bons jogos na reta final da Copa do Nordeste e início de Brasileirão, mas não conseguiu atingir a expectativa esperada.

Uma lesão no pé ainda no primeiro turno deixou o jogador um bom tempo no departamento médico. Quando voltou, não conseguiu ter boas atuações e perdeu espaço na equipe titular, sendo figura constante apenas no banco de reservas.

No período em que voltou a ficar à disposição, a forma física também atrapalhou o camisa 10. Situação que foi agravada quando o meia testou positivo para o coronavírus, em janeiro. Agora, Rodriguinho pode ter nova chance de dar a volta por cima.

Até aqui, o meia esteve em campo pelo Bahia 34 vezes. Apesar de ter deixado a desejar em campo durante a temporada 2020, o jogador apresenta bons números na comparação com outros atletas do elenco. Com seis gols marcados, ele é o terceiro artilheiro da equipe, atrás apenas de Gilberto (19) e Élber (8), que já deixou o clube. Levando em consideração só o Campeonato Brasileiro, Rodriguinho pula para o posto de vice-artilheiro, com quatro gols.

Se for o escolhido de Dado para iniciar o confronto com o Atlético-MG, sábado (13), às 19h, no Mineirão, o meia voltará a ser titular depois de dois meses. A última vez em que começou uma partida foi na derrota para o Palmeiras, por 3x0, no dia 12 de dezembro, no Allianz Parque. Na ocasião, acabou substituído ainda no intervalo.

Depois disso, Rodriguinho teve poucas participações em confrontos com o Defesa y Justicia, pela Copa Sul-Americana, Flamengo, Athletico-PR e Sport, todos saindo do banco de reservas. Nos dois últimos jogos, ficou fora da relação contra o Fluminense e voltou ao banco contra o Goiás, mas não foi utilizado.

Além da dúvida no meio-campo, Dado Cavalcanti precisa ainda solucionar o quebra-cabeça no ataque. Fessin e Alesson estão com suspeita de covid-19. Os dois poderiam ser substitutos para Thiago, caso positivo confirmado e isolado das atividades.

No setor, a opção mais provável é que Gabriel Novaes permaneça atuando na ponta, formando o ataque com Rossi e Gilberto. Durante os treinos, Dado chegou a testar o lateral João Pedro na função. Caso essa seja a escolha, não seria uma novidade, pois João já jogou assim no próprio Bahia.