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Mario Bitencourt
Publicado em 10 de outubro de 2018 às 10:00
- Atualizado há 2 anos
Foto: Evandro Veiga/CORREIO Apesar da lentidão na retomada da economia ainda refletir no ânimo dos brasileiros, a maioria dos consumidores (72%) deve ir às compras este ano no Dia das Crianças, em especial as mulheres (77%).>
A informação é de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais do Brasil.>
Ano passado, 67% compraram presentes na data. Para 2018, a expectativa é de que o varejo movimente cerca de R$ 9,4 bilhões em todo o país, mesmo diante de um cenário com alto índice de desemprego e renda achatada.>
De acordo com o levantamento, 39% dos entrevistados que darão presentes pretendem gastar o mesmo valor que o ano assado, enquanto 24% planejam comprar menos. Cada consumidor deve gastar, em média, R$ 187 neste Dia das Crianças.>
A data representa a última festa comemorativa antes do Natal e dará sinais de como será o desempenho das vendas no final do ano, sendo por isso um termômetro para o setor varejista, que na Bahia abrange mais de 145 mil lojas.>
“As intenções de compra vão trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, principalmente em um momento em que o poder de compra está afetado pelas dificuldades econômicas”, disse a economista-chefe do SPC Brasil Marcela Kawauti.>
A pesquisa foi realizada com 819 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de compras no Dia das Crianças.>
Em um segundo levantamento, 600 casos mostraram o público interessado em comprar presentes na mesma data, gerando uma margem de erro no geral de 3,4 e 4 pontos percentuais, respectivamente, para uma confiança de 95%.>
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Orçamento apertado A pesquisa da CNDL e do SPC Brasil aponta que os impactos da crise ainda estão presentes no dia a dia das pessoas e contribuem para que boa parte gaste menos na data.>
Dos entrevistados, 34% pretendem gastar menos este ano, devido ao orçamento apertado, enquanto 24% desejam economizar; 18% estão desempregados e por essa razão se veem impossibilitados de comprar; e 9% têm outras prioridades de aquisição, como carro e casa. Há ainda os que precisam pagar dívidas em atraso (8%).>
Embora os consumidores estejam cautelosos, a pesquisa mostra que 30% pretende comprar dois presentes e 25% apenas um. A maioria (66%) espera pagar os produtos à vista e o dinheiro será a opção de 51% dos entrevistados.>
Em segundo lugar, aparece o cartão de crédito parcelado (34%) e em terceiro, o cartão de débito (28%). Entre os que planejam parcelar as compras, a média de prestações é de quatro parcelas.>
O shopping center é o lugar preferido dos consumidores para fazer suas compras (42%), embora 35% optem pela internet, provavelmente motivados pela comodidade e praticidade de encontrar seus presentes.>
Já 28% mencionaram que buscarão o tradicional comércio de rua. Mesmo com uma inflação menor se comparada ao auge da crise, a maioria dos entrevistados (59%) avalia que os preços dos presentes estão mais caros do que em 2017. Para 31%, os preços estão na mesma faixa e apenam 6% dizem estar mais baratos.>