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Daniela Leone
Publicado em 18 de outubro de 2022 às 05:30
Dionísio começou a trajetória como jogador de futebol no Bahia, mas é no Vitória que vive a melhor fase da carreira. Ele foi titular absoluto do time na campanha do acesso na Série C do Brasileirão.>
Escalado pelos três técnicos que treinaram o rubro-negro na competição - Geninho, Fabiano Soares e João Burse -, ele vestiu a camisa vermelha e preta em 23 dos 25 jogos disputados pelo Leão no torneio. Ficou fora apenas da estreia porque ainda não havia chegado ao clube e na 12ª rodada, suspenso.>
As emoções do ano de 2022 ganharam lugar especial na memória do meia, e não só por causa do êxito com o Vitória. “Essa temporada foi a melhor da minha carreira. Me sinto realizado porque consegui o bicampeonato baiano com o Atlético de Alagoinhas e o acesso pelo Vitória. Agora, se Deus permitir, vou realizar o sonho de jogar a Série B”, projeta. >
Hoje com 28 anos, Dionísio rodou um bocado até se destacar em um time de expressão nacional, o principal rival do clube em que começou. Ele passou dois anos e meio na base tricolor, mas acabou se profissionalizando no Vitória da Conquista. >
“Cheguei com 15 anos no Bahia e depois eles queriam me emprestar para o São Francisco do Conde. Me perguntaram se eu tinha interesse, mas minha vontade era permanecer no Bahia. Acabaram me dispensando”, conta.>
Nascido e criado em Itapetinga, no sudoeste baiano, Dionísio deixou a capital após a dispensa, pegou os quase 500 quilômetros de estrada e voltou para casa. Lá, participou de um amistoso da seleção local contra o Vitória da Conquista e chamou atenção da diretoria adversária. Ficou quase seis anos no Bode.>
Defendeu também Jequié, Atlântico, Cajazeiras, Bahia de Feira e Jacobina, até assinar com o Atlético de Alagoinhas em 2020. O contrato com o Carcará acabou em abril após erguer a segunda taça consecutiva do estadual. Dionísio tem vínculo com o Vitória até dezembro de 2023, e a diretoria rubro-negra informou que pretende prolongar o contrato.>
“Meu empresário já conversou comigo que querem prolongar até o final de 2024. Quem está tomando conta de tudo isso é meu empresário. Quero fazer uma grande pré-temporada e não pensar só na Série B, mas também no Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil. Tentar fazer um ano melhor do que esse", vislumbra. >
Um ano ainda melhor e com mais gols. Nesta temporada, Dionísio marcou cinco, quatro pelo Atlético de Alagoinhas e um com a camisa do Vitória. Este, por sinal, ficou marcado: foi o último que a nação rubro-negra comemorou, no empate em 1x1 com o Paysandu, em Belém, na rodada derradeira do quadrangular da Série C, quando o clube conquistou o acesso. >
“Foi um momento de muita felicidade. Estava meio ansioso para fazer um gol com a camisa do Vitória e eu estava sendo um pouco cobrado pelos companheiros e pela minha família”, revela Dionísio. “Rafinha, Tréllez... Rodrigão até me xingava porque eu tinha oportunidade para finalizar e dava o passe. Ele me dizia para chutar. O técnico João Burse também, porque acompanhava meu treinamento de finalização”.>
Dionísio vai tentar colocar os pedidos mais vezes em prática a partir do dia 28 de novembro, quando começa a pré-temporada do Vitória. Por enquanto, ele está matando a saudade da família e dos amigos em Itapetinga. Fazia 10 meses que o meia não voltava à cidade natal e é hora de descansar a cabeça.>
“Não deu para vir para casa quando terminou o Baiano. Eu nem cheguei a comemorar o título com o Atlético, não deu tempo, porque fui logo para o Vitória. Estou aproveitando bastante esse período que estou aqui em minha cidade”, explica. >
Como? Com a bola nos pés. “O que eu faço para relaxar é brincar com minha bolinha com meus amigos. Eu sou bem família, gosto de estar com as pessoas que sempre estive, minha comemoração é com poucos, com meus amigos de verdade. Mesmo nas férias eu não deixo de brincar com a bola com meus amigos”.>