Dono de bar interditado em Salvador nega que festa com 300 pessoas ocorria no espaço

Segundo empresário, festa acontecia no estabelecimento ao lado e seu bar foi usado como abrigo

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  • Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2021 às 20:45

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Paulo Lisboa, dono do Bar da Torre, localizado na Boa Viagem, Cidade Baixa de Salvador, negou que uma festa com mais de 300 pessoas acontecia no local na noite desse sábado (15). O estabelecimento foi atuado durante uma fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Segundo o empresário, a festa denunciada acontecia na verdade no estabelecimento ao lado do seu, o Cerimonial Amarelinho Privilege.  

“Eles estavam realizando um aniversário ontem para 57 pessoas. A fiscalização chegou umas 22h e ficou na frente do local. Meu bar já estava fechado, mas fui para lá, pois pensei que poderiam querer algo com o bar. Eles foram até o cerimonial e, pela janela, jogaram gás de pimenta para o pessoal abrir a porta. Eles abriram, o pessoal saiu correndo e, na confusão, invadiram o meu bar. A fiscalização concentrou todos lá para fazer a contagem. Só que chegou alguém e começou a filmar dizendo que a festa era no Bar da Torre e não era. Estou sendo injustiçado”, desabafou. 

Ainda segundo Paulo, a interdição do seu bar só veio a acontecer na noite desse domingo (16), às 19h15. “Tenho todo o circuito interno de filmagens para mostrar que fechei no horário certo. O portão arrombado já foi concertado, mas tem filmagens para mostrar o momento”, disse. 

A Sedur informou, no entanto, que tem recebido várias denúncias recorrentes sobre o estabecimento e, nessa madrugada, conseguiu flagrar a festa irregular, que promovia aglomeração. 

“Depois do horário permitido, o estabelecimento vinha fechando as portas e mantendo os clientes dentro sem nenhum tipo de protocolo. Quando chegamos ao local, constatamos a denúncia e percebemos que eles estavam mantendo os clientes confinados e não estavam permitindo a saída”, diz a subcoordenadora de fiscalização sonora, Márcia Cardim. 

A Polícia Militar apoiou a ação. O CORREIO também perguntou a Sedur se o Cerimonial Amarelinho Privilege foi atuado, como diz Paulo Lisboa, mas não obteve retorno até o fechamento do texto.