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Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2019 às 15:57
- Atualizado há 2 anos
Dono do Grupo Petrópolis, o empresário Walter Faria se entregou à Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 12h desta segunda-feira (5). Alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato, ele estava foragido desde o dia 31 de julho.>
Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido na operação Rock City, fase da Lava Jato que mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava. As informações são do G1.>
Além de Walter, também estão presos Vanuê Faria, Silvio Antunes Pelegrini, Maria Elena de Sousa e Cleber Faria. Naede de Almeida teve um mandado de prisão temporária expedido e está foragido. Vanuê e Cleber Faria são sobrinhos de Walter.>
O Grupo Petrópolis, conforme as investigações, teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.>
Na sexta-feira (2), a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal do Paraná, decidiu prorrogar por mais cinco dias o prazo das prisões temporárias de Vanuê, Silvio e Maria Elena.>
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as irregularidades são investigadas desde 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior.>
Contudo, após a quebra do sigilo bancário dos investigados, notou-se que contas ligadas a Faria no exterior continuaram sendo movimentadas em 2018 e 2019, conforme a investigação.>
O MPF informou que as investigações apontam que Walter Faria e outros executivos do Grupo Petrópolis atuaram na lavagem de cerca de R$ 329 milhões de reais em contas fora do Brasil.>
A força-tarefa aponta ainda que o presidente do Grupo Petrópolis usou o programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer ao Brasil, de forma ilegal, cerca de R$ 1,4 bilhão que foram obtidos de forma ilícita. Em depoimento de delação premiada, o presidente do Grupo Petrópolis já tinha relatado o esquema à polícia em setembro de 2017.>