Doses de reforço da vacina contra covid-19 são fundamentais, alerta Comitê da Ufba

Segundo o órgão, recrudescimento da pandemia na Bahia e no Brasil requer ação rápida, ampla e intensiva

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  • Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2022 às 09:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

O Comitê de Assessoramento do Coronavírus da Universidade Federal da Bahia (Ufba) emitiu um alerta sobre a evolução da cobertura vacinal contra a covid-19 na Bahia e em Salvador. Segundo o órgão, diante da onda mais recente da pandemia da covid-19, esperava-se forte retomada da vacinação, mas isso não aconteceu. 

"Ao contrário, desde que o Ministério da Saúde declarou o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em decorrência da pandemia, através da Portaria 913/2022, com vigência a partir de 22 de maio de 2022, o que se viu foi a suspensão das iniciativas que facilitavam o acesso à vacinação, bem como de outras medidas protetivas, a exemplo da obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados ou com aglomeração e da exigência de distanciamento social", dizem, em documento divulgado na última sexta-feira (22). 

O comitê destaca o aumento do números de casos de covid no estado e em Salvador, inclusive a ocupação de leitos de UTI e de óbitos nas últimas semanas. Além disso, os especialistas comparam, ainda os dados de cobertura vacinal entre crianças, considerada insuficiente até na primeira dose. O percentual atingido até a semana passada, de 67,1% deixaria esse grupo etário ainda em situação de vulnerabilidade. 

O órgão reforçou que não há outro meio de reduzir riscos de doença grave e óbitos além da vacinação, o que inclui doses de reforço a cada quatro a cinco meses da dose anterior. Em nota, o comitê enfatiza que o recrudescimento da pandemia na Bahia e no Brasil requer ação rápida, ampla e intensiva. 

"Isso precisa ser feito imediatamente, para que possamos enfrentar a quarta onda desta pandemia com menor impacto possível sobre a mortalidade evitável e em hospitalizações pela doença. E não é pouco dizer que hospitalizações no SUS utilizam recursos públicos, que já estão reduzidos pelas restrições orçamentárias impostas sobre as funções da saúde e educação públicas e sobre os investimentos em ciência e tecnologia", acrescentam.

A Ufba exige a vacinação em dia para que a comunidade acesse as dependências da instituição. A universidade informou, ainda, que segue à disposição das autoridades sanitárias para abrigar postos de vacinação contra a covid-19, como o fez em 2021.