Douglas assume má atuação no clássico e confia que vai melhorar

Goleiro do Bahia fala sobre relação do grupo com o técnico Roger Machado

  • Foto do(a) author(a) Daniela Leone
  • Daniela Leone

Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 09:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia/Divulgação

O goleiro Douglas foi um dos protagonistas do primeiro Ba-Vi do ano, disputado sábado (8), na Fonte Nova. De forma negativa, ele foi decisivos para o placar. O camisa 1 do tricolor falhou nos dois gols que deram o triunfo por 2x0 ao Vitória. O arqueiro lamentou viver o pior momento individualmente com a camisa do Bahia e, após ser vaiado, vai reencontrar a torcida sob pressão no primeiro jogo do Esquadrão na Copa Sul-Americana, contra o Nacional, do Paraguai, quarta-feira (12), às 21h30, na Fonte Nova. A seguir, entrevistamos ele.

O que você tem a dizer após esse Ba-Vi e as vaias da torcida do Bahia? É difícil. Foi a primeira derrota num Ba-Vi, na minha terceira temporada. Acredito que a gente fez um jogo superior à equipe do Vitória e, infelizmente, em lances de bola parada não fomos felizes. Eu ali no primeiro gol não consegui impedir o chute potente do Carleto, que a gente sabia que era uma das armas do Vitória e foi durante o jogo. 

Como está sendo esse momento individualmente? É difícil. Eu entendo perfeitamente as vaias da torcida pelo resultado, pelo meu desempenho. Acredito que a torcida sabe do profissional e de tudo que eu tenho feito pelo clube. Recebi os aplausos e os elogios durante esse período e também recebo as vaias. Sei que são vaias de pessoas que gostam de mim. Eu também amo essa torcida, amo esse clube. Um dia difícil pra mim, mas eu sou um homem de 31 anos, tenho uma família, uma história e essa partida não me define. Vou seguir com minhas convicções, não tem nada de errado comigo, com o trabalho. Faz parte. 

O que você precisa fazer para reverter essa situação? Reverter é impossível, porque eu teria que voltar no tempo. Não tenho mais o que fazer por hoje (sábado) e pelo dia da eliminação na Copa do Brasil. O que a gente tem que fazer é avaliar individualmente, assumir nossa responsabilidade. Como atleta tenho que saber passar por esse momento, ter a cabeça boa e junto com meus companheiros voltar a triunfar, voltar a ser um time que sofre poucos gols, que é efetivo e que tem muitos objetivos. Esse momento difícil vai passar e vai nos fazer mais fortes.

Como está o clima com o técnico Roger Machado?  Nós somos com o Roger de uma lealdade gigante. Eu particularmente fico triste por nesses últimos resultados não ter conseguido cooperar dentro desse sistema, do projeto dessa temporada. A gente entende as vaias, entende que a torcida vai agir dessa forma, já que é cultural do futebol, mas não vemos um problema a nossa relação com o Roger, a nossa preparação. A gente tem grandes homens que formam esse grupo. Não estamos dando desculpas, a gente sabe que a pressão é grande porque o Bahia é grande. No futebol, como na vida, os momentos difíceis vão levar a lugares mais altos.