Douglas diz que Bahia não foi competente na Série A: 'Frustração'

Goleiro avaliou crescimento do clube na temporada e lamentou desempenho no segundo turno

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 17:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

A noite de despedida entre o Bahia e sua torcida na temporada 2019 acabou em frustração. Mesmo depois de fazer um bom primeiro tempo, sair em vantagem e ficar com um jogador a mais durante 36 minutos do 2º tempo, o tricolor cedeu o empate para o Vasco nos minutos finais e saiu de campo vaiado na Fonte Nova, na noite de quinta-feira (5). 

Um dia depois do tropeço, o goleiro Douglas refletiu sobre o desempenho do tricolor no duelo. Um dos líderes do elenco, ele admitiu que o time se acomodou com a vantagem e não conseguiu ser competente contra o time carioca. 

"A gente fez um bom primeiro tempo, que nos deu grandes chances de triunfar. Não houve orientação para que mudasse a postura, recuasse, mas nossa equipe, em algum momento, recuou. Não digo recuou, mas deixou o Vasco, mesmo com um a menos, ficar com a bola, criar oportunidades. O jogo foi indo para o seu final, a gente com um a menos [quando Arthur Caíke foi expulso os dois times ficaram com 10], foi uma esperança que eles tiveram. Pela nossa postura, a gente sofreu um empate que nos trouxe um sentimento muito ruim de derrota, de tristeza, que a gente deu condições de uma equipe com um jogador a menos empatar e frustrar nossos planos de retribuir o apoio da nossa torcida", analisou Douglas. Apesar de não conseguido conquistar uma vaga na Copa Libertadores, Douglas diz que o Bahia cresceu enquanto clube em 2019. Para ele, o Esquadrão conseguiu um bom nível de competitividade e tem tudo para aumentar o ritmo no próximo ano.  "Olhando de uma forma geral, acredito que o Bahia, em vários aspectos, cresceu. Não só no número de sócios, na arrecadação, de número de torcedores no estádio. Acredito que, este ano, a gente atingiu níveis mais altos de competitividade. Num momento na competição, a gente era um dos times que tinham melhor desempenho e resultado. Este ano, a gente não brigou na parte de baixo da tabela, apesar do nosso segundo turno não ser bom", comentou o goleiro.

Ele destacou que o elenco não foi competente nas várias vezes em que a chance de classificar para a Libertadores bateu à porta. "O final do ano tem sido de gosto amargo porque a gente esteve muito próximo e teve muitas chances de conseguir algo inédito, não só para o Bahia, mas para o futebol nordestino. E a gente tem que assumir que não fomos competentes, não conseguimos aproveitar as oportunidades. Por isso que hoje nossa torcida, em parte, se encontra frustrada, como a gente também, por não ter mantido alto nível de competitividade, que nos daria uma possibilidade de brigar por uma competição ainda maior", afirmou.

"O que falei, antes do jogo, é que acredito que o Bahia, diante de tudo que viveu, está muito preparado para as decisões que vão ser tomadas dentro e fora de campo, e acredito que é o processo de qualquer clube que quer, não só permanecer na Série A, mas ter objetivos maiores de conquistar títulos de expressão nacional. Então acredito que, na próxima temporada, o Bahia vai estar mais preparado, pelas experiências boas e ruins que teve durante o ano, para que as decisões sejam melhor tomadas, para que o Bahia continue crescendo e volte a brigar por títulos, como foi no passado", continuou ele.

Despedida Domingo (8), o Bahia entrará em campo pela última vez em 2019. O tricolor enfrentará o Fortaleza no estádio do Castelão e tentará encerrar o ano com mais uma vitória fora de casa. Com 49 pontos, o Esquadrão está a apenas um de igualar a sua maior pontuação em uma edição da Série A por pontos ocorridos, obtida em 2017. 

"Estou muito animado para esse jogo porque sei que vai ser um jogo grande, de alto nível, porque o Fortaleza vem em um segundo turno de crescente, a torcida está animada. Acredito que vá lotar o estádio, e não vai ser diferente do nosso objetivo ontem".