Douglas tem titularidade contestada pela primeira vez no Bahia

Após falhas, goleiro vive momento delicado antes da estreia do tricolor na Sul-Americana

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Quem achou que o momento de turbulência do Bahia ficaria restrito à eliminação para o River, na Copa do Brasil, estava enganado. A derrota para o Vitória no clássico de sábado (8), na Fonte Nova, pela Copa do Nordeste, deixou o clima ainda mais pesado no CT Evaristo de Macedo.   Das arquibancadas da Fonte Nova ecoaram os gritos de protesto e dois foram os alvos principais dos torcedores: o goleiro Douglas e o técnico Roger Machado. O primeiro, inclusive, vive situação bem atípica no Bahia.   Desde que chegou ao tricolor, em janeiro de 2018, Douglas aproveitou a brecha da saída de Jean – negociado ao São Paulo - e assumiu a titularidade. Até aqui foram 108 jogos sem nunca ter sido contestado antes por torcida ou treinadores que comandaram o clube no período. No ano passado, ele chegou a ser o goleiro que fez mais defesas difíceis no Campeonato Brasileiro.

Mas, nos últimos dois jogos, as falhas de Douglas contribuíram para a eliminação precoce na Copa do Brasil e para a derrota no clássico. Aí o goleiro passou a ser duramente vaiado por parte da torcida durante o Ba-Vi.

O próprio Douglas, ao final da partida contra o Vitória, reconheceu que não vive um bom momento e que não tem conseguido colaborar com o time em campo. “Eu não estou conseguindo ajudar como ajudava a equipe em outros momentos, mas eu continuo o mesmo goleiro, com o mesmo potencial e de cabeça erguida”, disse ele.

O momento de baixa do goleiro deixa Roger Machado em uma sinuca de bico. O Bahia estreia na Copa Sul-Americana quarta-feira (12), a partir das 21h30, contra o Nacional do Paraguai, na Fonte Nova, e o treinador terá que tomar uma decisão: mantém o goleiro titular ou preserva o jogador e saca Douglas da equipe?

“Goleiro, quando não vive um bom momento, muitas vezes aparece mais que o jogador de linha, porque é a última barreira do time. É ter tranquilidade. Não gostaria de personalizar em ninguém a derrota e a desclassificação da Copa do Brasil. Quando se perde, todos perdemos. A responsabilidade é proteger os atletas, porque eles trabalham duro, porém, às vezes as coisas não acontecem como a gente deseja”, comentou Roger ao ser questionado sobre o momento de Douglas.   Se optar por mudar o goleiro titular, Anderson surgirá como o responsável por guardar a meta do Bahia. Aos 36 anos, o goleiro vive seu auge na carreia ao defender o Esquadrão. 

Além de ter que decidir sobre quem vai ser o titular do gol na Sul-Americana, o próprio Roger Machado também convive com a pressão. Durante o Ba-Vi, torcedores protestaram contra o treinador aos gritos de “adeus, Roger”. Por isso, ele sabe que uma nova derrota diante dos paraguaios pode deixar a sua situação delicada no clube.