Dr. Jairinho e mãe de Henry faltam à reconstituição simulada em apartamento

Dois policiais representaram os dois; boneco foi usado para ser o menino

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  • Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2021 às 16:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TV Globo

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e o médico e vereador do Rio Dr. Jairinho (Solidariedade), mãe e padrasto do menino Henry Borel, não compareceram à reprodução simulada da morte do garoto, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (1º). Henry, que tinha 4 anos, morreu no último dia 8.

O casal iria apresentar aos peritos do Instituto Médico Legal (IML), do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e aos policiais da 16ª Delegacia (Barra da Tijuca) a versão deles sobre o que aconteceu no dia da morte da criança. Com várias lesões, a criança deu entrada já sem vida por volta das 3h30 no Hospital Barra D'or.

Com a ausência de Monique e Jairinho, policiais representaram os dois na reconstituição. Um boneco usado em treinamentos do Corpo de Bombeiros com dimensões similares à de Henry, que tinha 1,15m e pesava 20 quilos, foi usado. 

O garoto estava na casa da mãe e do padrasto quando foi encontrado desacordado no quarto, segundo a versão dos dois. A ideia da reconstituição é simular as circunstância e ambiente do apartamento 201 do bloco I do Condomínio Majestic, onde tudo aconteceu. 

Monique e Jairinho chegaram a pedir adiamento da reprodução simulada, mas o juiz Paulo Roberto Sampaio Jangutta negou. A polícia também disse que a reprodução era custosa ao estado e essencial para dar continuidade às investigações. A defesa do casal alegou que Monique passa por "grave quadro depressivo", estando muito abalada pela perda do filho. Eles pediram adiamento para 12 de abril, afirmando que também não houve tempo para preparar um assistente técnico para acompanhar a reconstituição. Henry tinha várias lesões; mãe e padrasto dizem que o acharam desacordado no chão (Foto: Reprodução) Ligação para o governador O colunista Lauro Jardim, de O Globo, revelou hoje que Jairinho ligou para o governador do Rio, Claudio Castro, horas após a morte de Henry, para contar o que havia acontecido. A ligação aconteceu antes da história ser divulgada na imprensa.

Em nota, o governador admitiu que recebeu a ligação, dizendo que se limitou a explicar ao vereador que "o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito", encerrando logo depois o telefonema.

A coluna diz ainda que Jairinho tem ligado para autoridades policiais e políticas para se informar e pressionar em relação ao inquérito. 

"O governador Cláudio Castro confirma que recebeu uma ligação do vereador Doutor Jairinho horas antes de o caso envolvendo o menino Henry ganhar repercussão na mídia. No telefonema, ao saber do fato, Castro limitou-se a explicar ao vereador que o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito e encerrou a ligação. O governador em exercício reitera que sempre garantiu total autonomia à Polícia Civil e que não interfere em investigações", diz a nota enviada pelo Governo do Estado do Rio.