É o fim dos anúncios individualizados?

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  • Hugo Brito

Publicado em 4 de março de 2021 às 10:36

- Atualizado há um ano

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Você com certeza já pesquisou algum produto na internet e, depois disso, passou a ser bombardeado por anúncios de diversos comerciantes oferecendo ele e seus similares, ou então começou a perceber que fazia uma busca de algo diferente e, lá no topo da página, vinha meio despretensiosamente o chamado de um site envolvendo o que procurou mais cedo. Mas essa capacidade de anunciar de forma cirúrgica, endereçando para cada pessoa iscas para vender exatamente o que procura, de diferencial competitivo para atrair receita publicitária se transformou em desafio após o surgimento de leis de proteção de dados. Iniciou-se então uma corrida para achar formas de individualizar sem invadir a privacidade, algo obviamente muito complexo. Em uma notícia publicada pelo The Wall Street Journal a empresa para onde a maior parte dessa receita vai, o Google, decidiu definir um caminho e anunciou que vai deixar de trabalhar com o sistema que segue os sites onde os usuários navegam e direciona para eles anúncios específicos. A decisão, explica a companhia, deve-se ao fato de que a privacidade tem sido o maior anseio de quem usa a internet e não atender a essa necessidade seria matar a publicidade digital no futuro próximo. Não está explícito mas o movimento, é claro, vem também para evitar a perda de milhões em possíveis processos de invasão de privacidade ou de monopólio. 

Como continuar diferente? Grande corporação que é o Google não ficou esperando e se posicionou, deixando a mensagem clara de que não quer perder energia em discussões tecnológicas mirabolantes e, com isso, assistir a sua receita e também a credibilidade derretendo. A decisão é apostar em algo mais simples para perder o mínimo possível mantendo a atratividade ante a mídia convencional através de uma distribuição de anúncios para grupos, com base no comportamento coletivo, o que criaria uma cortina de fumaça protegendo a individualidade da navegação dos clientes. A solução entra em teste ainda no primeiro semestre desse ano. O rastreamento dentro dos sites, ou seja, enviando anúncios direcionados para os usuários somente quando estiverem acessando endereços específicos e apenas durante a navegação em cada ambiente continuará, segundo a reportagem, inalterada.

Modernizar continua sendo desafio É isso que mostra a 14ª edição da "Perspectives", uma publicação onde são compilados estudos elaborados por grandes organizações de tecnologia. O trabalho é editado pela consultoria global de software Thoughtworks e os especialistas da empresa destacam que mesmo com a necessidade de modernização tendo sido colocada como a maior prioridade nas empresas com a pandemia, o processo continua sendo trabalhoso, haja visto que em períodos de normalidade e com financiamento robusto, cerca de três quartos dos projetos de modernização nunca são concluídos e, geralmente, por motivos que têm pouco a ver com a tecnologia em si. Segundo Renan Martins, Head de Tecnologia da ThoughtWorks Brasil, a modernização vai muito além do investimento em novas soluções de tecnologia ou da simples troca de peças nas equipes: "um processo de modernização só é bem sucedido quando o negócio como um todo se torna capaz de se antecipar e responder rapidamente. E isso exige mudanças não apenas na tecnologia, como também nos processos, no desenho organizacional e na cultura.” Ainda segundo Renan os líderes empresariais não apenas enfrentarão a modernização veloz, em 2021, como também precisarão vê-la chegar até o fim positivamente. Ele frisa também que as empresas que vinham trabalhando na modernização dos negócios antes da pandemia já mostram que são capazes de se adaptar muito mais rapidamente a essas mudanças. Dentre os textos presentes na publicação pode-se destacar: “A modernização empresarial não é uma tarefa fácil e nossos sistemas são complexos. Por onde começar?”, “Modernizar significa substituir tudo?”, “Não é possível se comprometer a seguir investindo na melhor e mais recente tecnologia. Como manter o ritmo?” e “Como posso avaliar o sucesso da iniciativa — e quando parar?”. Se quiser conferir a fundo o trabalho clique no link. Rede social para falar… Ela está em teste desde março do ano passado e, por enquanto, ainda é só para convidados e exclusivamente através de iPhones. A mais nova rede social se chama Clubhouse e traz como grande diferença na experiencia o fato de que os contatos são por áudio e apenas ao vivo. Os criadores, os americanos Paul Davison and Rohan Seth, dizem que optaram por criá-la assim para suprir a falta e interação real nas redes sociais atuais focadas principalmente nas imagens. Outro dia eu estava lendo um comentário de pessoas que testaram em Portugal, e o ponto que mais me  chamou a atenção foi o fato de várias pessoas que usaram a Clubhouse dizerem que viciaram fácil e que não conseguiam mais ficar sem participar das discussões virtuais. A dinâmica do aplicativo traz a criação de salas de discussão onde existem os mediadores que “sobem no palco” virtual. Quem quiser participar dessas conversas de forma ativa pede acesso a eles, mas a maioria das pessoas curte mesmo é ouvir as discussões. Até cinco mil pessoas podem entrar de forma simultânea em cada uma das salas. Famosos como o músico Drake e o empreendedor bilionário Elon Musk já testaram e falam que gostaram da novidade. Mark Zuckerberg, dono do Facebook e Instagram, também apareceu em uma sala do Clubhouse e, pra não perder a viagem, já anunciou que está pensando em algo parecido para disponibilizar no Facebook, mas conhecendo a postura agressiva do empresário, acho que em breve vou estar aqui falando é de uma nova aquisição do Facebook.