É preciso renovar em 2018

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  • Cesar Romero

Publicado em 31 de dezembro de 2017 às 06:04

- Atualizado há um ano

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Um novo ano – 2018. O mundo, em mensagens múltiplas, deseja a todos nós, felicidade, muita luz, muito brilho, paz, amor, saúde, dinheiro, esperança, alegria, harmonia e prosperidade. Tudo isso pode acontecer, depende do quanto nos empenhamos, do foco, da vontade. Pode ser pior ou igual ao ano anterior. Tudo depende das nossas decisões, credo e ponto central.

O que se pode desejar a um artista visual no ano que começa? Trabalho, fé no ofício, pensar, acreditar e seguir o caminho que escolheu.

Artistas costumam achar que são perseguidos, uma perseguição irreal, que o torna perseguidor real, vitimando-se. Passam a vociferar contra os deuses, a vida, o tempo, o país, a escolha, o sistema, o mercado, marchands, colegas de ofício que conseguiram maior projeção. Acham que o mundo não reconhece seu trabalho, não o entende, aí culpam os outros por seus insucessos. Vitimizar-se passou a ser um traço brasileiro.

A qualidade da linguagem de um artista é que o faz acontecer.

Materializar uma realidade - a produção, carrega um longo processo de aprendizagem, experimentações, persistência e essência. Um trabalho incansável no credo e obstinação.

O engenho na captura de estranhamentos, marcados no mundo real, é que determina o poder da criação. Nada será mais discutível que a noção de cultura. E é exatamente no diálogo e nos contrastes de opinião que ela se forma e estabelece como algo mutável, mas sempre possível de defesa, lógica e principalmente ética. Em redução, cultura é ética, que redunda na apreciação da conduta humana, sua formação e análise, tanto para os valores eruditos, como populares.

Deve-se começar o ano com um bom projeto de trabalho. Como o futuro não tem sustentação lógica, planejar já é uma grande saída. Pensar a sua própria arte, revistá-la e cuidar de seu destino.

Propor enigmas e decifrá-los em minúcias, qualidade da linguagem, ideações transmutadas, nível de informação e inteligência visual, são cúmplices do criador.

Um exemplo lapidar foi Henri Rousseau (foto) (1844–1910) era pobre, trabalhava na alfândega, pouca instrução, não recebeu nenhuma formação artística, mas de uma poderosa intuição, vontade férrea. Foi celebrado como um dos maiores inovadores da pintura europeia. Deu um grande impulso à arte naif (ou ingênua) e foi precussor do surrealismo. Não se queixava, fazia. Hoje é tido como gênio e está nos principais museus do mundo.

No ano de 2018, ação, fazer, ler, escrever e estar atento para o mundo. Artistas visuais possibilitam grandes transformações na arte, criando um repertório que engrandece e qualifica a raça humana.