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Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2017 às 04:25
- Atualizado há um ano
O Fórum Econômico Mundial reunido em Washington, promove, entre 26 e 28 de junho de 2017, a Cúpula da Economia Circular Sustentável, em parceria com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e a Câmara Americana para o Comércio (Amcham), reunindo centenas de gestores públicos e privados globais.O tema deste ano, Da Aspiração à Implementação, foca a aceleração da economia circular, identificando soluções para transformar a aspiração econômica em ações práticas, otimizando recursos, reduzindo o desperdício, acelerando a inovação e o desempenho. O Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, mostra que o número de profissionais criativos cresceu para 851 mil nos últimos dois anos.Economia circular é um conceito econômico integrante dos princípios da sustentabilidade que contrapõe-se à economia linear baseada em “extrair-produzir-descartar”. Exemplos simples mostram que apenas metade da população brasileira, cerca de 100 milhões de pessoas, usa escova de dente (IBGE) que é trocada, em média, quatro vezes por ano, gerando impacto ambiental porque o plástico descartado dura até 400 anos.A Intel, fabricante de chips de computador, por exemplo, já estabeleceu o objetivo de reciclar 90% de seus resíduos não perigosos e retirar 100% de seus resíduos perigosos de aterros sanitários até 2020. A Johnson Controls projetou baterias automotivas reutilizáveis, fazendo as taxas de reciclagem de baterias pular para 99% e permitindo a produção de novas baterias contendo mais de 80% de material reciclado, com uma redução de 90% de energia.A Ambiental Mercantil Expo Bahia, promovida recentemente na Bahia pela Federação das Indústrias (Cimatec), apresentou exemplos de economia circular implantada na Renault do Brasil e o aproveitamento de resíduos de madeira plantada com múltiplos usos. Estudos de casos revelam que a economia circular está sendo traduzida em ações lucrativas e escaláveis, utilizando da eficiência energética, logística reversa, manejo de resíduos e - na era digital - reanálises dos tempos e movimentos nos serviços. Programas 360 graus, lançados em cidades do mundo (goo.gl/VqGG2C), estão interconectando-se e “circoalimentando-se”. Enquanto a Honda informa que vai eletrificar 2/3 de seus carros nessa próxima década, o governo português lançou o programa “Gen10s” para capacitar 80% dos alunos com competências digitais até 2030. Segundo relatório da Fundação Ellen MacArthur, a adoção da economia circular pode garantir as empresas europeias faturamento de um trilhão de euros nos próximos dez anos.Gestores do Programa 360°, lançado em Salvador (goo.gl/Fpbe48), poderão conectar-se com colegas da economia circular global que participam da Cúpula de Washington, aprendendo, além das inovações propostas, a resgatar os recursos descartados como lixo para abastecer o orçamento público da educação. Na economia circular, o lixo deixa de ser resíduo e passa a ser um valoroso insumo, reconhecendo que há valor em tudo.Pesquisas em temas como esses e a elaboração de cenários para subsidiar programas e investimentos na chamada Sustentabilidade de Resultados fazem parte da missão do WWI-Worldwatch Institute e do World Economic Forum, em diferentes países, difundindo informações atualizadas, com fatos e dados, sobre governanças inovadoras adotadas pela academia e por gestores públicos e privados que estão, com inteligência nova, investindo no desenvolvimento econômico, social e ambiental a níveis local, nacional e global.* Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute - [email protected]