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Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2022 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
O Dia Mundial da Educação, foi instituído em 28 de abril de 2000, quando terminava em Dakar, no Senegal, o Fórum Mundial de Educação, ocasião em que os países assumiram o compromisso de levar a Educação Básica a todas as crianças e jovens do mundo.>
No atual contexto, essa importância ficou evidente. São indiscutíveis os inúmeros desdobramentos do fechamento das escolas nos diversos países e as imprevisíveis consequências não só na vida acadêmica e na saúde mental dos estudantes desta geração, mas nos impactos decorrentes dos hiatos da educação na futura saúde econômica do Brasil.>
Neste período pandêmico, há aqueles que não perderam os vínculos com a escola de qualidade, participando de atividades pedagógicas, mantendo acesso à informação e ao convívio social por meio de recursos digitais. Para estes, os eventuais prejuízos serão atenuados e superados com o concurso de professores capacitados, recursos didáticos disponíveis e a presença atuante da família. Entretanto, não se pode ignorar o grande contingente de crianças e jovens distanciado da escola por falta de acesso aos recursos tecnológicos essenciais ao ensino remoto, que imperou desde março de 2020.>
Como educadora e cidadã, não posso furtar-me a essa reflexão, quando evoco a voz do ilustre mestre baiano Anísio Teixeira: “A sabedoria é a subordinação do saber ao interesse humano e não ao próprio interesse do saber pelo saber e, muito menos, a interesses parciais ou de certos grupos humanos”. >
É preciso que estejamos atentos, como cidadãos, ao cumprimento de políticas públicas que garantam não só a equidade e igualdade, mas também a qualidade de acesso à educação. Ao constatar as estatísticas internacionais que apresentam o Brasil, seguidamente, entre os países com os piores indicadores educacionais, penso que há como reverter essa posição tão lastimável e relembro Darcy Ribeiro: “Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca”. Alio-me a ele.>
Neste momento, é necessário um pacto pela educação que reúna escola pública e privada, apoiadas por todos os setores da sociedade brasileira em prol da qualidade do ensino e da aprendizagem desta e das novas gerações.>
Que o Dia Mundial da Educação sirva de alerta para educadores, famílias e sociedade civil como um todo, de modo que os responsáveis pelas políticas educacionais, centrem-se naquilo que é essencial para o país: educação de qualidade, com recursos e pleno acesso.>
Viviane Brito é CEO do Villa Global Education >