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Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2022 às 07:00
Os principais candidatos ao governo da Bahia iniciaram nesta sexta-feira (26) a apresentação, no rádio e na TV, dos seus programas e propostas para o estado nos próximos quatro anos. As inserções acontecem de segunda a sábado, em dois blocos de 25 minutos cada. Por ter começado em uma sexta-feira, as primeiras aparições foram dos candidatos ao Governo, Senado e Assembleias Legislativas. >
Seguindo a ordem definida em sorteio pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), a primeira coligação a dialogar com os baianos foi a “Pra Mudar a Bahia”, liderada por ACM Neto (União Brasil).>
O coração dos baianos – que não por coincidência é também um símbolo da identidade visual da campanha – foi o alvo principal da estreia, tocado já nos primeiros segundos pela releitura do jingle “ACM, meu amor”. O programa relembrou os feitos de ACM Neto à frente da Prefeitura de Salvador, e priorizou duas importantes narrativas. A primeira aponta para o conhecimento acumulado pelo candidato sobre todas as regiões da Bahia, suas peculiaridades, gargalos, necessidades e potencialidades. A segunda é que tem preparo suficiente e capacidade experimentada para governar, como o próprio candidato tem dito em suas andanças, “com qualquer presidente que o Brasil escolher”. >
A narrativa carregada de emoção mostrou uma breve biografia de ACM Neto, apresentando-o como um “homem preparado”. Destacou ainda sua relação “de berço” com a política, relembrando seu avô Antonio Carlos Magalhães, assim como a atuação na Câmara dos Deputados, até chegar à prefeitura da capital, onde, por oito anos consecutivos, foi reconhecido como o melhor prefeito do Brasil. No mesmo período, tal qual relembra a peça, o Brasil esteve sob a gestão de três diferentes presidentes – Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Destaque também para a citação de temas como segurança pública, saúde, geração de empregos e desenvolvimento regional, que anteciparam agendas que prometem predominar nos debates até as eleições. >
“Eu sou um cara de trabalho, eu sou um cara que corro atrás, que suo a camisa e eu tenho certeza que a Bahia pode mudar. Eu tenho certeza que a Bahia pode ser um estado muito mais forte. Agora, para isso, trabalhar com planejamento, correr atrás da solução dos principais problemas no nosso estado”, prometeu ACM Neto já na largada.>
Cacá Leão, que, se eleito, virá a ser o senador mais jovem da história da Bahia, com 43 anos, falou de sonho e prometeu estar ao lado de ACM Neto para defender os interesses do Estado. >
Já a coligação “Pela Bahia, Pelo Brasil”, segunda na ordem de aparição, manteve a associação da imagem de Jerônimo Rodrigues (PT) à de Lula (PT), candidato à Presidência, como tem feito desde a pré-campanha. Ao nacionalizar o debate político com temas como a fome, o desemprego e a insegurança em relação ao regime democrático, fez também ataques diretos às políticas implementadas pelo Governo Federal. >
“A Bahia tem lado. E a gente não vai se omitir nessa hora. O nosso compromisso é o mesmo de Lula, cuidar de gente, dos que mais precisam”, disse o candidato, antes de elencar programas implementados por seus antecessores, Jaques Wagner e Rui Costa, ambos do PT. “Meu nome é Jerônimo. Sou filho do povo. Professor, engenheiro agrônomo, gestor e tenho uma vida de trabalho para mostrar”, finaliza. Otto Alencar (PSD), candidato à reeleição ao Senado na chapa petista, escolheu destacar sua relação familiar e a ação na pandemia, marcada pela participação da CPI da Covid-19, como trunfos para se conectar ao eleitor. >
Assim como a campanha petista, a estreia de João Roma (PL) no programada eleitoral também antecipou a presença de um presidenciável, ainda que a estreia das campanhas nacionais esteja prevista somente para este sábado. Roma se apresentou como o único representante de Jair Bolsonaro (PL) no estado. Com o curto tempo de TV, convidou os eleitores a assistir o programa completo, com duração aproximada de 5 minutos, em seu canal no YouTube. >
Também falou ao eleitorado a candidata ao Senado na chapa, Raíssa Soares (PL). Conhecida pela defesa do chamado tratamento precoce e do uso de medicamento sem eficácia comprovada para a covid-19, a candidata usou os poucos segundos para uma promessa: fazer pela Bahia o que fez pela população de Porto Seguro enquanto esteve à frente da Secretaria Municipal da Saúde, justamente durante o pico da pandemia no estado.>
Kleber Rosa, candidato da federação PSOL-REDE, usou os poucos segundo para contar sua relação com a militância e as pautas sociais. Dividiu os 38 segundos com Tâmara Azevedo, que lidera a primeira chapa coletiva ao Senado na Bahia. >
Em todo o Brasil, a apresentação das propostas dos candidatos aos governos estaduais – distrital, no caso de Brasília -, ao Senado e às Assembleias Legislativas vão ao ar sempre às segundas, quartas e sextas, enquanto os candidatos à Presidência e à Câmara Federal têm suas inserções às terças, quintas e sábados. No rádio, os programas entram em cadeia nacional sempre às 7h e 12h. Na TV, os blocos são exibidos às 13h e às 20h30. A propaganda eleitoral obrigatória para o primeiro turno das Eleições 2022, marcadas para 2 de outubro, será exibida até o dia 29 de setembro. >
Corrida nacional >
Sete das 12 candidaturas à Presidência da República homologadas pelo Tribunal Superior Eleitoral iniciam hoje a propaganda no rádio e na TV. Lula (PT) e Bolsonaro (PL), principais concorrentes segundo pesquisas de intenção de votos, vão priorizar, já na estreia, a defesa de seus governos e apresentar programas direcionados às classes média e baixa, como meio de alcançar a grande massa populacional do país. >
Primeiro colocado nas pesquisas, Lula usará a tática de comparação dos seus anos de governo com o governo atual, com foco na economia. Neste rol estão a saída do Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, o aumento do salário mínimo acima da inflação e, principalmente, o poder de compra dos brasileiros e os programas sociais. A proposta é levar o eleitor a refletir que as dificuldades ora enfrentadas economicamente são consequências diretas do modelo de gestão do atual presidente. >
Bolsonaro, por sua vez, retomará táticas da campanha de 2018, como ataques direto ao PT, ao seu principal líder e a nomes do seu entorno, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). As pautas ideológicas, como a defesa da família, também serão exploradas. Em relação às políticas de governo, deverá concentrar atenção no Auxílio Brasil. >
Já Ciro Gomes (PDT), prometeu surpresa para o primeiro programa, mas não deu detalhes. A expectativa é que ele tente compensar o curto tempo de exposição para convocar o eleitorado para uma atividade ao vivo nas redes sociais. Em seu programa de governo, para a economia, o pedetista propõe ampla reforma tributária e fiscal, taxação de grandes fortunas, conclusão da reforma trabalhista, entre outras. >
A senadora Simone Tebet (MDB) vai aproveitar as primeiras aparições para se apresentar ao grande público, citando os cargos públicos que já ocupou e, principalmente, sua participação na CPI da Covid-19. A campanha pretende agregar a Simone a marca de “moderação”. >
Confira a ordem e o tempo de inserção dos presidenciáveis: 1º - Roberto Jefferson (PTB) - 25 segundos 2º - Soraya Thronicke (União Brasil) - 2 minutos e 10 segundos 3º - Felipe d'Ávila (Novo) - 22 segundos 4º - Coligação Brasil da Esperança – Lula (PT) - 3 minutos e 39 segundos 5º - Coligação Brasil Para Todos - Simone Tebet (MDB) - 2 minutos e 20 segundos 6º - Coligação Pelo Bem do Brasil - Jair Bolsonaro (PL) - 2 minutos e 38 segundos 7º - Ciro Gomes (PDT) - 52 segundos>