Eliminação no Piauí põe Bahia em turbulência na véspera do Ba-Vi

Tricolor já enfrenta o Vitória sábado (8), pela Copa do Nordeste

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Talvez nem o torcedor mais pessimista do Bahia imaginasse que no início de fevereiro, e com apenas três jogos disputados, o tricolor já estivesse tendo que encarar uma enorme pressão. A eliminação para o River, na primeira fase da Copa do Brasil, caiu com uma bomba na Cidade Tricolor, onde a competição nacional era tratada como uma das prioridades. A queda encerrou, de forma precoce, a participação do Bahia no torneio e cria um clima diferente do habitual em início de temporada.

As críticas sobre o trabalho do treinador Roger Machado e as dúvidas sobre a capacidade do time se acentuaram - o que é normal em crises e eliminações -, mas esse turbilhão acontece em momento bem particular para o clube: às vésperas do primeiro clássico Ba-Vi do ano.

Sábado (8), o Bahia entra em campo contra o Vitória às 18h, pela terceira rodada da Copa do Nordeste. Será o primeiro jogo da equipe na Fonte Nova em 2020 e, apesar de contar com o mando de campo e ter a torcida única a seu favor, não é exagero considerar que a pressão estará toda do lado tricolor. 

E Roger Machado sabe bem disso. “A partir de agora, a gente sabe que a pressão aumenta muito em cima do trabalho, dos jogadores. No final de semana, nós temos o Ba-Vi pela Copa do Nordeste. Naturalmente, com esse insucesso, nós não conseguimos transformar a boa atuação nos gols que precisávamos, a frustração de estar fora da Copa do Brasil na primeira fase. Decepcionante, fato. Agora é refletir, ser mais forte do que nunca, para continuar o trabalho”, analisou o técnico logo após a derrota de 1x0 em Teresina, na quarta-feira.

Por tudo que envolve a rivalidade entre tricolores e rubro-negros, o clássico por si só já seria importante. Nesse caso, vale ainda o equilíbrio e a tranquilidade para o Esquadrão na sequência da temporada.   A decepção do torcedor com o time vem desde o final do ano passado. Nos últimos 15 jogos, o elenco principal do Bahia conquistou apenas duas vitórias. 

Por isso, Roger entende o momento turbulento. Depois de assumir a responsabilidade pelo vexame no Piauí, ele pregou união para que a situação volte à normalidade.   “Se administra pela experiência no futebol, de muitos anos. A gente sabe que, nestes momentos, a pressão no trabalho aumenta naturalmente. A liderança também se entristece, mas, acima de tudo, como comandante do processo, tenho que colocar os jogadores para cima, independente do que aconteça. E este é um momento para que a gente esteja mais junto, mais forte e dê a volta por cima nos campeonatos que temos, que são importantes também”, afirmou Roger.

Logo depois do Ba-Vi, o Bahia terá uma outra decisão em mata-mata. Será a estreia na Copa Sul-Americana, no dia 12, diante do Nacional do Paraguai, na Fonte Nova - o jogo de volta será no dia 26.

A competição é um desejo do clube, que tenta apagar a imagem deixada na edição do ano passado, quando foi eliminado na primeira fase pelo Liverpool do Uruguai.

Daí a importância ainda maior de vencer o Ba-Vi nos seus domínios. Os números, por sinal, contam a favor do Bahia, que não perde um clássico desde 2017, quando foi derrotado por 2x1, no Barradão, no jogo de ida da semifinal da Copa do Nordeste.

A resposta foi dada no jogo seguinte, com triunfo por 2x0 na Fonte Nova, eliminação do rival e o início de uma sequência que dura 12 clássicos sem perder. São seis vitórias e seis empates no período.