Em 2035, até 62% dos carros poderão ser eletrificados

Veja também o preço do novo Chevrolet Bolt e qual a nova picape que a Ram poderá vender no país

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 16:00

- Atualizado há um ano

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Estudo da Anvafea com a BCG aponta possíveis cenários para os veículos eletrificados nos próximos anos (Foto: Divulgação) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores em parceria com a Boston Consulting Group, apresentou um estudo que aponta o caminho para a descarbonização do setor automotivo no país.

Atualmente, os veículos eletrificados (puramente elétricos ou híbridos) respondem por 2% do mix de vendas de automóveis, em 2030 eles representarão de 12% a 22%, dependendo dos cenários previstos no estudo, e de 32% a 62% em 2035.

Os veículos pesados também terão sua parcela de eletrificação, embora um pouco menor: 10% a 26% do mix em 2030 e de 14% a 32% cinco anos depois.

Ou seja, mesmo no cenário mais conservador, o mercado brasileiro vai demandar milhões de unidades de veículos eletrificados até a metade da próxima década. Seriam 432 mil veículos leves/ano em 2030, subindo para 1,3 milhão/ano em 2035. 

PRODUÇÃO NACIONAL Um volume dessa magnitude não poderá ser importado, o que geraria sérios prejuízos à balança comercial brasileira, além de ociosidade ainda maior da indústria automotiva.

Com mais de 40 fábricas espalhadas pelo país, sem contar as de fornecedores de autopeças, a indústria precisará entrar em um novo ciclo de investimentos para se manter competitiva, e ao mesmo tempo garantir 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos na cadeia automotiva.INVESTIMENTO NECESSÁRIO Ficou comprovada pelo estudo a necessidade de instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados, o que implica num investimento de aproximadamente R$ 14 bilhões.

Além disso, é imprescindível um pesado investimento em geração/distribuição de energia de fontes limpas para suprir a frota de elétricos, que criará uma demanda adicional de 7.252 Gwh (1,5% de tudo o que é gerado atualmente). 

BOLT, A NOVA GERAÇÃO Como era esperado, e antecipado por esta coluna, a Chevrolet confirmou a chegada da nova geração do Bolt ao mercado brasileiro para setembro. Nessa atualização, o motor entrega 203 cv de potência e 36,7 kgfm de torque, capaz de ir de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, com autonomia de até 416 km no ciclo EPA (padrão americano). O crossover está mais equipado que o modelo anterior, e, entre os itens de série, destacam-se os dez airbags, alerta de colisão frontal e de pedestres com frenagem automática de emergência, aviso de mudança de faixa e de pontos cegos, câmera de 360°, sistema de som Bose com sete alto-falantes com subwoofer e carregador de celular sem fio.

O Bolt está em pré-venda por R$ 317 mil e a Bahia tem três concessionárias autorizadas para a venda: Grande Bahia (Avenida Magalhães Neto) e Retirauto em Salvador e Topvel em Vitória da Conquista.PICAPES GRANDES Com vendas em crescimento, a Ram terá o lançamento de um novo produto até o final do ano. Sem revelar qual o produto, Breno Kamei, diretor da Ram para a América do Sul, comentou: "essa nova picape trará maior capacidade de carga e reboque, mais torque e potência". Minha aposta é a chegada da 3500, veículo que tem 6,6 metros de comprimento na versão Heavy Duty, e com capacidade de carga superior a da 2500 (são 2.980 kg contra 1.088 kg).

Ela traz rodado duplo no eixo traseiro e conta com o mesmo motor a diesel Cummins de 6.7 litros, porém com mais força: são 148,6 kgfm de torque contra 110,7 kgfm da 2500.

MERCADO DE LUXO O BMW Série 3 foi o modelo premium mais vendido em julho no mercado brasileiro, com 564 emplacamentos. Ele foi seguido pelo Mercedes-Benz GLB (498) e Volvo XC60 (419).

Fechando os cinco primeiros, dois modelos alemães: BMW X1 (328) e Audi Q5 (248).

O FIM DE UMA ERA A Ford confirmou que venderá os ativos da Troller, incluindo propriedade, instalações, equipamentos e ferramentas da fábrica em Horizonte, no Ceará. No entanto, a empresa não venderá a marca Troller e os direitos do utilitário T4, em linha com o que está sendo feito com as fábricas de Taubaté e Camaçari.

Dessa forma, a última marca genuinamente nacional deixará de existir nos próximos meses.

A Troller foi fundada em 1995 e desde 2007 pertence a Ford.