Em estado de greve, petroleiros vendem litro da gasolina R$ 1 mais barato

Ação ocorre em posto na Avenida Vasco da Gama

  • Foto do(a) author(a) Eduardo Dias
  • Eduardo Dias

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 09:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Eduardo Dias/CORREIO

A greve dos petroleiros completa, nesta quinta-feira (13), 13 dias de paralisação e como forma de protesto, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) realiza uma ação para vender a gasolina a R$ 1 mais barato para o consumidor. A entidade vai custear o valor do preço por litro do combustível, que será vendido pelo valor de R$ 3,39, no Posto BR da Avenida Vasco da Gama e terá início a partir das 10h.

No entanto, somente conseguirá abastecer, os 133 primeiros motoristas que chegarem ao local com seus veículos. O máximo que poderão consumir são 30 litros por pessoa. 

A ideia, segundo o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, é chamar a atenção da Petrobras para o preço aplicado no litro da gasolina, levando em consideração o custo de produção nacional, mantendo a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras e a arrecadação dos impostos federal e do estado (ICMS).

"Estamos com essa campanha para mostrar que é possível vender gasolina mais barata. O problema é que a Petrobras não leva em consideração na composição do preço os custos de produção que são em real, como qualquer outro produto nacional que é vendido no país. Fizemos um acordo de pagamento de R$ 4 mil em combustível, que dá para cada um dos 133 motoristas abastecer até 30 litros. Precisamos mudar isso, e chamar a atenção, pois, em prática, o consumidor ganha em real, mas está pagando a gasolina em dólar”, afirmou.

Greve Completando 13 dias de greve, Jairo ressaltou que o Sindipetro busca manter conversas com a Petrobras contra a demissão de servidores das unidades no estado e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, formalizado pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA).

Na Bahia, petroleiros das unidades da UO-BA (Santiago, Miranga, Araças, Taquipe, Bálsamo, Candeias  e  Buracica) da Petrobrás, onde se localizam os campos terrestres de petróleo e da Refinaria Landulpho Alves, no Terminal de Madre de Deus e na PBIO ( fábrica de biocombustível), também estão paralisados. A greve dos petroleiros envolve trabalhadores concursados e terceirizados.

"A gente espera a Petrobras para tentar conversar e suspender as demissões dos funcionários e cumprir o acordo firmado no MPT", pontuou Jairo.

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier