Em fevereiro, inflação da Região Metropolitana de Salvador acelerou para 0,93%

Altas nos combustíveis (7,54%) e nas escolas (6,77%) puxaram inflação para cima

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  • Da Redação

Publicado em 11 de março de 2021 às 15:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,93% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acelerando de forma considerável em relação à taxa de  janeiro (0,26%). Foi a maior inflação para um mês de fevereiro na RMS em cinco anos, desde  2016, quando o IPCA havia ficado em 1,41%. O índice da RM Salvador ficou acima nacional (0,86%) e foi o 7º mais alto entre  as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE.

Em fevereiro, a inflação foi  mais elevada nas regiões metropolitanas de Fortaleza/CE (1,48%) e Belém/PA  (1,41%) e em Brasília (1,18%).  Por outro lado, os menores índices foram registrados nas RMs Rio de Janeiro/RJ  (0,38%) e Belo Horizonte/MG (0,73%) e no município de Goiânia/GO (0,76%).  Com esse resultado, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 1,19% nos dois  primeiros meses de 2021. Está um pouco acima do índice nacional (1,11%),  mas é apenas o 10º mais elevado entre os 16 locais investigados. 

Altas nos combustíveis e nas escolas

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, oito apresentaram altas em fevereiro, na Região Metropolitana de Salvador. Apenas vestuário (-1,28%) teve deflação, a segunda consecutiva neste ano. Com a segunda maior alta, o grupo transportes (2,17%) foi a principal pressão  inflacionária no mês, na RMS, com peso forte do aumento nos combustíveis (7,54%). A gasolina (7,37%) foi o item que, individualmente, mais puxou o  IPCA para cima, mas o etanol (9,80%) e o óleo diesel (7,17%) também  aumentaram de forma significativa.  

A segunda principal influência na alta do IPCA de fevereiro na RMS veio do grupo educação (4,72%), que teve o maior aumento no mês. É em fevereiro que o  IBGE capta a maior parte dos aumentos nas mensalidades escolares, que, por  isso, costumam ter forte impacto nos índices de inflação (IPCA-15 e IPCA).  Em 2021, o aumento da educação na RMS (4,72%) foi maior que o de 2020  (4,00%), mas ficou levemente abaixo do verificado em 2019 (4,74%).  

Dos custos com educação, as principais pressões de alta vieram das  mensalidades escolares (cursos regulares, com 6,77%), puxadas pelo  ensino fundamental (11,79%) e pela pré-escola (13,55%, segundo item que  mais aumentou na RMS e a terceira maior alta do país). Os alimentos (0,62%) também seguiram pressionando o custo de vida da RM  Salvador em fevereiro, mas tiveram uma desaceleração em relação a janeiro,  quando haviam aumentado em média 1,08%. Itens importantes do dia-a-dia  seguiram em alta, como a cebola (22,22%), que teve maior aumento dentre as  centenas de produtos e serviços pesquisados no IPCA. 

Na RM Salvador, INPC foi de 0,90% 

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor  (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos, ficou em  0,90% em fevereiro, o triplo do registrado em janeiro (0,30%) e muito acima do  índice de fevereiro de 2020 (0,16%).  O INPC de fevereiro na RM Salvador (0,90%) ficou acima do índice nacional  (0,82%), sendo o 6º mais alto entre as 16 áreas pesquisadas. Nos dois primeiros meses de 2021, o índice acumula alta de 1,20% na RMS e, no  acumulado nos 12 meses terminados em fevereiro, fica em 5,74%. No Brasil  como um todo, os acumulados são, respectivamente, 1,09% e 6,22%.