Em meio à disputas de terras, comunidade Açu da Capivara recebe comitiva da SJDHDS

Representantes do Governo do Estado estiveram no local e conversaram com lideranças ameaçadas de morte, que registraram situação na delegacia

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  • Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2021 às 19:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Michele Brito /SJDHDS

Nesta quarta-feira (21), representantes da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SUDH), da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), foram até a comunidade Açu da Capivara, em Arembepe, no município de Camaçari, para prestar apoio às 200 famílias que vivem na localidade, e que estão sofrendo diversas ameaças de morte e violações de direitos, devido às disputas de terra na região.    A visita foi realizada pelo superintendente da SUDH, Jones Carvalho, juntamente com os assessores técnicos da secretaria. Os moradores que têm a posse das terras relataram agressões e ameaças de morte feitas  por homens com armas de fogo, e invasões em suas propriedades, inclusive, durante a madrugada.    Além das violências, foram identificadas situações de crime ambiental, com a derrubada de árvores nativas realizadas pelas máquinas usadas pelos agressores.   “A população está apreensiva, lideranças comunitárias já foram assassinadas. A parte que quer reintegração alega que a terra pertencia aos bisavós, mas os moradores assentados têm cessão de terra para trabalhar e morar, regularizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.  Eles possuem a documentação e as pessoas que estão aterrorizando a comunidade, com medidas arbitrárias, não têm mandado de posse. Vamos acompanhar o caso e tomar todas as mediadas cabíveis”, destacou Jones Carvalho.    Após a reunião e visita na localidade para comprovar as invasões, a comitiva acompanhou as vítimas de agressões e ameaçadas de morte até a 26° Delegacia da Polícia Civil de Vila de Abrantes, para registro do Boletim de Ocorrência.    De acordo com a SJDHDS, será solicitada a inclusão de algumas das vítimas no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. Ainda segundo a secretaria, o caso será levado à Corregedoria Geral do Estado, Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Ministério Público da Bahia (MP-BA), Defensoria Geral do Estado (DPE-BA) e ao Instituto Do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).