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Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 07:39
- Atualizado há 2 anos
Em janeiro, de acordo com o aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), houve mais de 500 tiroteios na cidade do Rio. Entre as nove áreas que mais registraram conflitos quatro possuem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): Cidade de Deus, Rocinha, Jacarezinho e Vila Kennedy. Nessas regiões foram 109 tiroteios em 30 dias, o que dá uma média de mais de três casos por dia.>
Nesta quarta-feira (31), vários tiroteios na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, paralisaram o trânsito na Linha Amarela, uma das mais importantes vias expressas da cidade, por três vezes.>
Lideram o ranking de tiroteios no Rio em janeiro:>
Cidade de Deus - 41 tiroteios>
Rocinha - 32 tiroteios>
Jacarezinho - 23 tiroteios>
Vila Kennedy - 13 tiroteios>
Em cada comunidade, os conflitos são protagonizados por disputas entre traficantes ou em confrontos com policiais. Todos assustando moradores e até interrompendo o trânsito como na Cidade de Deus.>
Na Cidade de Deus, por exemplo, os tiroteios desta quarta-feira aconteceram pela morte de Rodolfo Ferreira da Silva, conhecido como Rodolfinho, em um confronto com policiais militares da UPP local. Rodolfinho foi um dos três mortos no confronto.>
Em protesto, moradores colocaram barricadas na Linha Amarela, que desde as 11h sofre interdições intermitentes devido à operação para retirada dos bloqueios e trocas de tiros. A via chegou a ser fechada por três vezes e foi liberada por volta das 13h.>
Na Rocinha, a Polícia Militar realiza operações desde setembro quando teve início uma disputa entre traficantes ligados a Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Avelino da Silva, Rogério 157. Desde setembro, a cada três dias, uma pessoa morre em ações policiais na comunidade.>
No Jacarezinho, os confrontos se intensificaram desde o dia 12 de janeiro, quando o delegado Fábio Monteiro foi encontrado morto em um dos acessos à comunidade. Desde então, uma série de operações vem sendo feitas pela Polícia Civil na tentativa de encontrar os responsáveis pelo crime. Em uma das ocasiões, o helicóptero da Polícia Civil atirou ao lado da base da UPP local.>
Já na Vila Kennedy, a facção que domina o tráfico local vem sofrendo ataque de um grupo de traficantes rivais. Segundo moradores, os tiroteios tem sido constantes na comunidade. De acordo com o OTT, em média, a cada dois dias tem uma troca de tiros na comunidade.>