Escolas municipais de Feira de Santana fecham as portas por falta de funcionários

Unidades de ensino estão sem porteiro, faxineira e professores

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  • Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2022 às 21:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Google Street View

Escolas da rede municipal de Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, estão fechadas desde o recesso do São João, há cerca de uma semana, por falta de funcionários. Segundo a APLB da cidade, cerca de dez unidades educacionais do município encontram as portas fechadas, mas os problemas afetam cerca de 80% das 216 instituições desde março, quando as aulas retornaram presencialmente. 

"Diversas Escolas da Rede Municipal estão fechadas ou funcionando em condições precárias e turnos alternados devido a falta de professores, falta de funcionários (serviços gerais, administrativos, porteiros/vigilantes); o não pagamento de estagiários, a falta de merenda escolar adequada, além de outras questões e problemáticas da Rede Municipal", informa nota do sindicato. 

A diretora da APLB de Feira, Marlede Oliveira, disse que as aulas começaram no início do ano com falta de cerca de 500 professores e que os problemas são constantes. "Está um caos a condição das escolas aqui em Feira, as crianças estão em casa, sem merenda, os pais impossibilitados de saírem para trabalhar. Algumas escolas abrem porque a diretora vai dando um jeitinho, colocando alguém na portaria, alguém para limpar, mas não tem como continuar fazendo isso", declarou. 

Bárbara Débora Silva, mãe de uma estudante da Escola Alda Marques, disse em relato a APLB que não tem conseguido trabalhar por conta da condição precária da creche onde a filha estuda. "Eu trabalho o dia todo e eu preciso deixar minha filha os dois turnos na escola, mas não posso deixar minha filha na escola porque não tem porteiro para garantir a segurança dela, não tem merenda e nem professores. Eu peço que o governo olhe pra gente, nos ajude, nossos filhos precisam estudar e a gente precisa sair para trabalhar", pediu a mãe. 

Procurada para um posicionamento, a Prefeitura de Feira de Santana informou que não iria se pronunciar sobre o caso.