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Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 06:00
- Atualizado há um ano
As empresas de mineração com classificações ESG mais altas, superaram o desempenho do mercado durante o pico da Covid-19, entregando 34% de retorno aos acionistas nos últimos três anos, dez pontos percentuais acima do índice do mercado, segundo o relatório “Mine 2021”, 18ª revisão anual das 40 maiores empresas de mineração da PwC, que examina as tendências globais na indústria de mineração. O lucro líquido do setor cresceu 15%, o caixa aumentou 40% e a capitalização de mercado aumentou quase dois terços para US$ 1,46 trilhão.
Uma métrica ESG dá aos mineiros a chance de destacar suas contribuições financeiras significativas para suas comunidades e as melhorias resultantes em educação, infraestrutura e qualidade de vida. Criar valor em longo prazo para todas as partes interessadas pode garantir o futuro da mineração.
No relatório da Ernst Young (EY), Top 10 Business Risks and Opportunities for Mining e Metals 2022, executivos de mineração em todo o mundo classificam a governança socioeconômica e ambiental (ESG), a descarbonização e a licença para operar como os três principais riscos/oportunidades enfrentados por seus negócios nos próximos 12 meses. O estudo entrevistou mais de 200 executivos de mineração globais e selecionou os riscos mais significativos que moldam o setor. A pesquisa destaca como externalidades sociais continuam a gerar riscos e oportunidades, levando as empresas de mineração a reformular o futuro do setor.
As questões ambientais e sociais surgiram como o risco número um para 2022. A descarbonização precisa ser tratada como qualquer outro risco estratégico, em nível de conselho e executivo, e administrada como parte da estratégia de negócios, não como uma estratégia climática separada e delegada a uma equipe distinta.
“Embora houvesse temores de que a pandemia pudesse retardar o progresso global nas medidas de sustentabilidade, o verdadeiro tem sido o oposto. As questões ambientais e sociais surgiram como uma surpresa de maior risco, o que significa que os mineiros precisam pensar mais amplamente sobre os fatores que consideram; o impacto social, a gestão da água e a biodiversidade surgiram como fortes áreas de enfoque para 2022”, afirma Paul Mitchell, líder global de mineração e metais da EY. Ele conclui: “As mineradoras que fazem mais para ajudar a garantir o crescimento econômico e social sustentável em longo prazo das regiões em que operam podem deixar um legado positivo além da vida útil da mina.”
Gerenciar o impacto no meio ambiente e nas comunidades pode construir um legado positivo. Examinando o impulso para desenvolver e implantar novas tecnologias para melhorar ainda mais a saúde e segurança no local, o estudo destaca que as empresas se concentraram nas operações durante a pandemia, mas estão planejando aumentar seus investimentos em transformação digital e inovação para ajudá-las a se diversificar e se diferenciar.
A Covid-19 chamou a atenção para as desigualdades sociais, pressionando as empresas a irem além de suas obrigações regulatórias e se responsabilizarem pela promoção da igualdade social nas regiões em que operam. A biodiversidade ainda precisa receber a mesma atenção que outros tópicos ESG, mas o ímpeto está crescendo. As expectativas dos acionistas estão mudando rapidamente, impactadas por inúmeros desafios, incluindo a contribuição da indústria de mineração para as comunidades, economias, proteção de locais históricos e envolvimento com povos indígenas.
Mitchell diz: “O foco no valor em longo prazo será crítico se as mineradoras quiserem desenvolver uma licença sustentável para operar a estratégia e se remodelar para o futuro. Os dias de trabalho apenas para entregar resultados trimestrais acabaram. Em vez disso, o ímpeto precisa ser no valor das partes interessadas em seu sentido amplo; o valor que eles agregam aos clientes, às pessoas e à sociedade, além de seus próprios resultados financeiros ”.
Na geodiversidade da Bahia, com 52 tipos diferentes em 221 municípios, onde são gerados mais de 15 mil empregos diretos (75% locais), a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) vem adotando e divulgando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, como base para a visão ESG que pilotará investimentos de US$ 13 bilhões no setor mineral baiano no próximo triênio.
Colocar ESG no centro de uma estratégia hoje é crucial para gerar crescimento. Olhando para o futuro, está claro que os investidores neste setor continuarão a ser cada vez mais atraídos por empresas que adotam ativamente esses valores novos da mineração.
Eduardo Athayde é diretor do WWI no Brasil. [email protected]
Este conteúdo não reflete, nem total e nem parcialmente, a opinião do Jornal Correio e é de inteira responsabilidade do autor.
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