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Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2018 às 07:00
- Atualizado há 2 anos
Basta um parente ou um amigo próximo sofrer algum mal súbito para que ascenda o alerta: “Poderia ter sido comigo”. É neste momento que a maioria das pessoas procura um médico para fazer um checkup. “Já estou acostumado em a pessoa só aparecer, sobretudo homens, quando tem algum problema cardíaco na família”, relata o cardiologista Railton Cordeiro, médico na Rede Hapvida em uma das especialidades mais procuradas pelos pacientes receosos.>
Isso porque as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, de acordo com Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Somente no Brasil, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos. Em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal. “Existem casos de pessoas que fazem os exames, está tudo bem, e depois de um mês enfarta. Pode acontecer? Pode. Mas quando você realiza exames periódicos, de rastreio, você consegue evitar muita coisa e, principalmente, um mal maior”, alerta o médico.>
As doenças mais graves costumam ser precedidas de enfermidades como diabetes, problemas de colesterol e obesidade, que são detectadas em exames laboratoriais e de imagens. Os benefícios de um checkup são inúmeros. Até para iniciar exercícios físicos é preciso fazer uma bateria de exames para saber se há aptidão para iniciar os treinos com segurança. “Fazer exames preliminares evita lesões cardiovasculares e ortopédicas. Não adianta ficar pesquisando apenas no google”, adverte o médico.“Fazer exames preliminares evita lesões cardiovasculares e ortopédicas. Não adianta ficar pesquisando apenas no google” Railton Cordeiro, cardiologista na Rede HapvidaPrevenção A realidade é que, por medo ou por desleixo, o brasileiro não costuma se prevenir. Só procura ajuda na urgência, quando sente alguma dor. Daí, já inicia o acompanhamento médico para tratamento de alguma enfermidade. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, seis em cada dez brasileiros só vão ao médico quando estão doentes.>
Alguns pacientes já chegam em hospitais em estágios tão avançados que os médicos precisam recorrer a tratamentos extremos, como os transplantes de órgãos. “O ideal é que o paciente não evolua para precisar do transplante. Se as pessoas fossem ao médico periodicamente, o número de transplantados iria reduzir muito. Estimulamos sempre que haja profilaxia”, indica o cirurgião geral Jansen Gomes, que desde 1995 coordena operações de transplantes."Se as pessoas fossem ao médico periodicamente, o número de transplantados iria reduzir muito. Estimulamos sempre que haja profilaxia” Jansen Gomes, cirurgião geralAlguns órgãos são bastante silenciosos e dificilmente dão sinais de que precisam de uma atenção especial, como é o caso do fígado. Assim aconteceu com a consultora técnica industrial Viviane Leite, que descobriu que estava com grau 2 de esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, através de um exame de rotina.>
“Esteatose hepática não é inofensiva. Sabemos que esta gordura no fígado pode se relacionar a doenças como cirrose e câncer. Há casos até de indicação de transplante de órgão como consequência de um fígado gordo”, explica Allan Rego, hepatologista do HapVida. Mesmo sendo algo preocupante, o corpo de Viviane não apresentava qualquer sinal que algo não ia muito bem.>
No caso dela, não foi preciso medicação. Uma reeducação alimentar e a prática regular de exercício físico resolveu o problema. “Em seis meses já estava com grau 1 de gordura. No segundo exame não pareceu mais nenhuma alteração”, relata.>
CONHEÇA A HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO DE VIVIANE LEITE>
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