Famosos saem em defesa de Tadashi Kadomoto, guru acusado de estupro

Dani Suzuki, Fernando Rocha e Analice Nicolau escreveram mensagens de apoio

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  • Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 12:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Réu por estupro, o guru da meditação Tadashi Kadomoto recebeu mensagens de apoio de alguns famosos. Ele foi denunciado no início de outubro pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) após denúncias de abusos sexuais contra alunas e pacientes. 

"Querido Tadashi, tenha força para atravessar esse momento. A luz incomoda o mal. Voce tem sido um instrumento de despertar para muitas pessoas. E tenho certeza que todos nós que recebemos sua luz estaremos vibrando pra que passe e logo qualquer incomodo que te atrapalhe desempenhar o serviço de Deus. Hoponopono", escreveu a atriz Dani Suzuki.

O apresentador Fernando Rocha, ex-Bem Estar, disse "Estamos com você". Já a jornalista Analice Nicolau escreveu "estamos juntos. No que precisar."

Tadashi nega acusações Tadashi Kadomoto falou sobre as acusações de abusos sexuais contra alunas e pacientes em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram. Ele anunciou que vai parar os cursos e as sessões de meditação guiada que são acompanhadas por até 30 mil pessoas em transmissões ao vivo.

"Quem me conhece e convive comigo sabe da minha conduta e do respeito que eu tenho pelo cuidado com as pessoas. Tenho falhas, cometo erros como todo ser humano, mas jamais cometi atos criminosos. Tenho fé que tudo será esclarecido, e até lá vou me afastar das minhas atividades", disse Tadashi, que é seguido por 1,5 milhão de pessoas, entre elas diversos artistas nacionais.   No vídeo, ele disse que as acusações são injustas e agradeceu as mensagens de apoio que tem recebido dos amigos. O terapeuta fechou os comentários para os demais seguidores. "Eu quero agradecer às centenas de pessoas que estão enviado mensagens de confiança e de carinho a mim e a toda minha familia. Receber essa energia positiva está sendo muito importante para nós", disse.

De acordo com a GloboNews, Kadomoto, que atua na área comportamental e lida com vítimas de violência ou transtornos psiquiátricos, responde por cinco estupros. A denúncia foi aceita pelo MP-SP em 6 de outubro deste ano.

Ao fim do ano passado, ainda segundo a TV, uma de suas alunas e estagiárias no Instituto Tadashi Kadomoto procurou o MP-SP para relatar os abusos.

As situações ocorriam durante atendimentos ou palestras no próprio instituto. Outras mulheres apresentaram mensagens e emails enviados pelo terapeuta se declarando a elas e utilizando palavras de alcunha sexual. Muitas não conseguiram registrar queixas porque o crime já prescreveu.

Kadomoto ministra cursos e apresenta constantemente lives sobre meditação em seu canal do YouTube. As transmissões ao vivo de meditação acontecem diariamente às 5h e às 20h. Neste domingo (11), internautas perceberam que Tadashi não entrou ao vivo como de constume. 

No site do instituto, o local é descrito com o propósito de "desenvolvimento e crescimento pessoal, com o objetivo de contribuir para que os participantes se conscientizem de sua missão neste mundo, das consequências positivas ou negativas de cada ação, palavra, gesto e o que eles podem gerar".

À reportagem do canal, o advogado Luiz Flávio D'Urso, que representa uma das vítimas, declarou que sua cliente não apresentava "capacidade de resistência"; a matéria explica que, por se tratar de uma paciente do terapeuta, era submetida a relações de poder e confiança, além de apresentar fragilidade emocional por carregar histórico que a levou a procurar ajuda profissional.

A defesa de Kadomoto, em nota enviada à emissora, afirmou não ter recebido denúncia formal sobre o caso até o momento e declarou que ele atua há mais de 30 anos na área comportamental.