Filho andou por seis horas para pedir ajuda após mãe ser morta em massacre

Família mórmon foi assassinada no México; um suspeito foi preso

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  • Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 14:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Devin Blake Langford, de 13 anos, andou por seis horas em um estrada para pedir ajuda depois de presenciar o assassinato da mãe e de dois irmãos em um ataque que terminou com nove mortos no México. Devin também tentou esconder os seis irmãos que sobreviveram ao atentado. O massacre da família mórmon chocou o país.

"Depois de testemunhar a morte de sua mãe e seus irmãos, o filho de Dawna, Devin, escondeu seus outros seis irmãos nos arbustos e os cobriu com galhos para mantê-los seguros enquanto procurava ajuda", escreveu Kendra Lee Miller, parente das vitimas, no Facebook.

Devin conseguiu voltar ao local com ajuda domsnete seis horas depois, por volta das 17h30. Por conta da demora, a irmã dele de 9 anos, McKenzie, acabou saindo de lá também em busca de ajuda. Ela foi localizada por volta de 21h30 pelas autoridades.

A família, que tinha nacionalidade americana e também mexicana, vivia em comunidade mórmon no estado de Sonora. Além de Dawna, mãe de Devin, e dos filhos de 11 e 3 anos dela, foram mortos também Christina Marie Langford Johnson, de 31 anos e Rhonita Maria Miller, de 30 anos, com os quatro filhos. Essas crianças tinham 10 e 12 anos, além de bebê gêmeos de apenas oito meses.

Christina conseguiu salvar a filha de apenas sete meses, Faith, que foi achada em uma cadeirinha colocada às presas embaixo do banco de um carro que foi achado varado de balas. A menina não ficou ferida.

"Encontraram a bebê de Christina, Faith, em um veículo cheio de buracos de bala. De alguma forma, ela permaneceu intocada e viva", narrou Kendra. Segundo ela, Christina chegou a sair do carro para dizer aos bandidos que os carros tinham apenas mulheres e crianças, mas isso não teve efeito.

Suspeito Na terça, um suspeito de participar da chacina foi preso enquanto mantinha dois reféns em Agua Prieta, perto do local do massacre. Com ele a polícia apreendeu carros, armas e munições.

O procurador-geral de Chihuahua, Cesar Espejel, confirmou a prisão, sem dar detalhes do envolvimento do suspeito no caso. Para ele, o cartel Los Jaguares pode ser o responsável pela chacina. Autoridades também apuram envolvimento do grupo La Línea.

"Depois da prisão do "El Chapo" o cartel de Sinaloa sofreu fragmentações. Esses grupos vêm crescendo perto da fronteira com os Estados Unidos e estão envolvidos com tráfico de imigrantes e de drogas", explica o procurador.