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Gabriel Rodrigues
Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 16:42
- Atualizado há 2 anos
Depois dos jogadores terem voltado aos trabalhos no CT Evaristo de Macedo, foi a vez da diretoria do Bahia explicar o planejamento do clube para a temporada 2022, ano em que o Esquadrão vai voltar a disputar a Série B do Brasileirão.>
Na tarde desta quarta-feira, o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, concedeu entrevista e falou sobre alguns temas. De acordo com ele, o Bahia vai desativar o time de transição e vai passar a contar com apenas um grupo para Copa do Nordeste e Campeonato Baiano. >
"Time de transição acaba como projeto isolado e se unifica. A gente vai trabalhar entre 30 e 32 atletas no elenco principal, vai depender um pouco se vamos trabalhar com quatro ou três goleiros, como o treinador vai escolher o modelo de jogo. Sendo que entre 6 e 8 serão originários do que seria o time de transição", iniciou ele. >
"Os primeiros jogos do Baiano serão comandados por Bruno, o time que vai a campo será em maioria do projeto de transição. Vamos começar o Baiano com o time de transição por eles estarem treinando desde o início de dezembro. Não posso colocar um jogador que está se apresentando agora para jogar. Não é compatível. Esse projeto do time de transição será unificado durante o mês de janeiro. No primeiro jogo da Copa do Nordeste Guto já assume. E a partir daí damos sequência com Guto comandando as duas competições", completou.>
Questionado sobre contratações, Bellintani evitou falar sobre possíveis nomes ou negociações em curso e explicou que no primeiro momento a ideia é enxugar o grupo de atletas. Jogadores que não estão dentro dos planos da comissão técnica ou que são considerados caros para a Série B devem ser repassados para outras equipes. >
"O primeiro movimento é de adequação do elenco. Vamos precisar ter muita cautela, errar muito menos do que temos errado. Existem conversas, mas nosso objetivo principal é ajustar o tamanho do elenco, com algumas saídas que precisam acontecer. Depois disso, vamos com toda cautela e cuidado para novas contratações. Nosso movimento central hoje não é de buscar atletas, é de adequar o elenco.>
Até o momento, o Bahia fez apenas quatro contratações. Chegaram ao clube os laterais Luiz Henrique, Djalma Silva e Jonathan e o volante Rezende. Confira outros temas abordados na entrevista: >
Perfil do elenco A gente anunciou nomes que são conhecidos pelo torcedor que acompanha a Série B. Diria que são nomes com características próximas ao que estamos buscando de perfil de elenco. Jogadores que queiram estar aqui, entendam que o Bahia é o ponto alto da carreira, ter o Bahia como passagem, é legítimo, mas que queiram fazer uma boa história. Somadas com outras características, imposição física, coisas que a Série B nos impõe. Temos uma comissão técnica tarimbada na Série B, e isso é importante para a Série B. Não é só a comissão técnica que está contratando. É a comissão técnica junto com o Dade. Duas contratações que fizemos já estávamos tentando ano passado, na Série A.>
Situação de Rossi Rossi teve uma renovação automática no contrato. Ele informou ao clube que não desejava mais seguir em 2022. Estamos avaliando a situação jurídica. Mas só queremos no elenco quem queira estar aqui. Tem uma coisa que precisa unir todos os jogadores que é a vontade de estar aqui. A gente tem que ter um elenco com características diferentes complementares, e a gente entende que as características diferentes vão dar o resultado a partir da união de jogadores que queiram estar aqui. >
Buscas por diretor de futebol O Bahia já não teve diretor de futebol em 2021. Optamos por outro modelo. Desde o dia 10, há apenas 25 dias, estamos buscando a reposição de um ou dois profissionais para ocupar os cargos. Entrevistamos uma série de candidatos, mas vamos contratar no tempo que entendermos ser necessário. Enquanto isso, todo o departamento de futebol do clube está mobilizado para contratar jogadores. Todas as decisões são sempre compartilhadas e colegiadas. E vão seguir assim enquanto não tiver a presença de um gestor de futebol. Temos uma comissão técnica com nível de Série A, mas que conhece muito de Série B. Com histórico de sucesso e acessos.>
Situação de Lucas Fonseca e Clayson Clayson é um jogador que tem contrato com o clube. Estamos aguardando a realização do inquérito. A partir daí vamos analisar a situação do atleta e os impactos que isso causa no clube, como qualquer tema sensível merece.>
Lucas Fonseca é um jogador que teve história importante no clube, e a saída foi combinada com o atleta. Todo ciclo que começa também se encerra e estamos fazendo isso com todo respeito com o atleta e exatamente como foi combinado.>
Série B difícil Premiação dos atletas é uma coisa secundária. Antes disso, tem a estratégia de elenco dentro da nova realidade do clube. A folha deve ter entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões. Agora ainda está acima disso, porque temos atletas que não deverão continuar no clube. Então existe uma tendência de queda. Mas com essa folha projetada a gente acredita que dá para montar um time competitivo. Com jogadores que queiram ficar no Bahia, com vontade e empenho. Acredito que pelo tamanho que temos, pela estratégia, por Guto Ferreira, que vamos ter uma temporada positiva. Vou falar menos sobre o futuro, e fazer mais.>
Dívidas com jogadores e funcionários Primeiro é uma coisa importante que se diga, o Bahia está com salários em dia, tanto de funcionário quanto de atleta. Premiação de que? De queda para a Série B? Primeira coisa, os salários estão em dia. Salvo 13º de 2021 e em relação a seis atletas que temos negociações do ano passado, esses valores precisam ser renegociados. Perdemos R$ 10 milhões por cair para a Série B já em dezembro. A responsabilidade precisa ser assumida por todos. O Bahia vai tratar suas dificuldades financeiras com transparência. Então tudo o que falarmos, é verdadeiro. Entre o festival de fake news, e o que o presidente disser, peço que acredite no que eu falar. Devemos a seis atletas em relação a 2020, e vamos renegociar. Se todos caímos, o clube e cada jogador, inclusive os jogadores a quem devemos, cada um tem que responder por uma renegociação que não afete a seriedade e o planejamento financeiro. O salário está em dia, exceto o 13 e os seis jogadores com quem temos dívidas, que é normal no cenário pós-pandemia.>
A gente pode assegurar que o que estamos planejando financeiramente é dentro da realidade do que o clube vai ter de orçamento para 2022. O que estamos planejando é de acordo com nossa realidade. O que estamos fazendo é um planejamento e folha salarial coerente com o que foi planejado para 2022.>
Time feminino Tomamos essa decisão para encerrar os contratos e voltar a montar o time quando estiver mais próximo do retorno das competições. >