Flordelis e família não estão colaborando com investigações, diz promotor

Deputada federal deve prestar depoimento nesta segunda-feira (24)

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  • Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2019 às 10:01

- Atualizado há um ano

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O promotor Sérgio Lopes Pereira, que investiga a morte do pastor Anderson do Carmo, afirmou que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) e sua família não estão colaborando com as investigações. Marido da deputada, o pastor foi morto a tiros no último dia 16, ao chegar em casa, em Niterói (RJ). 

A deputada tem depoimento marcado para acontecer nesta segunda-feira (24)."Se mata um ente querido, você quer saber quem matou esse ente e a forma de saber é colaborando com as investigações. Nós não estamos vendo isso por parte da família, infelizmente", declarou o promotor, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, na noite de domingo (23). Assim como a polícia, o promotor disse que todos que estavam na casa no momento do crime são suspeitos. 

Ele também reforçou, conforme já dito pela delegada Bárbara Lomba, que todos que estavam na casa são suspeitos. 

A Polícia Civil apurou que, no dia do homicídio, um parente de Anderson chegou a ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para pedir que ele fosse socorrido. O que a polícia ainda busca saber é se a pessoa queria de fato salvá-lo ou apenas despistar a polícia.

'Benefício da dúvida' A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) usou as redes sociais na noite de sábado (22) para rebater as acusações de que ela teria ligação com o assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, 42. Dois filhos dela, um biológico e um adotado, estão presos pelo crime.

Flordelis disse que tem o "benefício da dúvida", mesmo aspó a polícia rejeitar sua versão inicial, de que o pastor teria sido morto em meio a um assalto. "Outros comentários me condenam pela primeira versão minha de assalto. Quem faz isso, como reagiria ao ouvir tiros em casa, que mataram o marido, numa madrugada de uma cidade violenta?", escreveu.

O pastor foi morto no último dia 16, na madrugada, depois do casal chegar de uma confraternização. Depois dos dois entrarem na casa, Anderson foi de volta à garagem para pegar algo esquecido no carro. Foi então que aconteceram os tiros. 

Em entrevista, Flordelis disse que notou que duas motos seguiam o carro de Anderson na volta para casa. Disse que o pastor evitou que os bandidos entrassem na casa da família. 

A delegada Barbara Lomba, que investiga o caso, afirmou que a perseguição narrada pela deputada não ocorreu e que o pastor não foi morto em um assalto. Ela disse que não descarta a participação no crime de qualquer familiar da vítima, incluindo Flordelis. 

O celular de Flávio Rodrigues, 38, filho da deputada que confessou ter atirado seis vezes contra o pastor, continua sumido. O telefone da vítima também não foi encontrado. A deputada negou nas redes sociais que tenha escondido os aparelhos e afirmou esperar que eles sejam encontrados. Também disse que a confissão dos dois filhos não é suficiente para que eles sejam condenados. "Eu não quero acreditar (que eles cometeram o crime) e o meu coração de mãe me dá direito à esperança".