'Foi forte por mais de uma semana', diz irmão de taxista morto por bala perdida

Caso aconteceu no Engenho Velho da Federação, no último dia 13

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  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2021 às 12:31

- Atualizado há um ano

Baleado dentro de casa enquanto assistia televisão com a família no bairro do Engenho Velho da Federação, no último dia 13,  o  taxista Genilson Santos Ribeiro, 51 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (21) no Hospital Geral do Estado (HGE). "Ele foi forte por mais de uma semana", disse o irmão dele, Joceval Santos Ribeiro, 49, na manhã desta sábado (22), no Instituto Médico Legal (IML). 

O corpo de Genilson será enterrado às 16h deste sábado no Cemitério Campo Santo, na Federação. "Os médicos disseram que ele lutou muito, mas veio a óbito às 1h55 desta sexta. Ele estava entubado", lamentou o irmão dele.  O estado de saúde do taxista era considerado grave desde o dia 13 deste mês, quando foi baleado na testa. 

Joceval disse que no dia do fato, o irmão recusou beber com ele num bar, alegando a insegurança no bairro. "Ele passava e o chamei para beber comigo, mas recusou, dizendo que estaria mais seguro dentro de casa, que o Engenho Velho (Federação) estava muito violento. De nada adiantou", disse Joceval. Genilson foi baleado na testa, quando estava dentro de casa (Foto: Acervo pessoal) Ele relatou que pouco depois de o irmão entrar em casa, policiais militares da 41ª CIPM ( Federação) apareceram numa incursão na Rua Xisto Bahia. "Quando os PMs dobraram a esquina, que dá para a casa de meu irmão, escutei os tiros. Na hora, pensei que eram os bandidos e corri. Mas depois, quando a agonia passou, vi que meu irmão estava baleado e os policiais agoniados" , contou Joceval. O taxista estava na varanda de casa, quando   atingido por um tiro.

"Na hora, os policiais disseram que trocaram tiros com bandidos que chegaram por outra rua, mas ninguém viu mais ninguém armado, a não ser os policiais. E o pior é que até agora ninguém da 41 (CIPM) veio nos procurar" , declarou Joceval..

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a 1ª DH / Atlântico vai investigar a morte de Genilson e que a autoria e motivação ainda estão indefinidas. O CORREIO procurou também a PM, mas até agora não respondeu.