Fortes na Barra passam por desinfecção contra o coronavírus

As ações nos Fortes São Diogo e Santa Maria visam o aumento das visitações durante o período de final de ano

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  • Carolina Cerqueira

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 05:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Com o equipamento de proteção individual, que inclui roupas, luvas, botas e máscaras,  e utilizando pulverizadores, oito militares tiveram nesta terça-feira  a missão de desinfectar as instalações dos Fortes São Diogo e Santa Maria, na Barra, contra o coronavírus. A substância usada, chamada quaternário de amônio, promete eliminar o vírus causador da covid-19 e faz efeito por até 60 a 90 dias. 

A ação é do Comando Conjunto Bahia, formado em 20 de março pelo Ministério da Defesa, especialmente para a pandemia. Desde então, 80 locais já foram desinfetados, entre eles o Farol da Barra e o Terminal Náutico. O grupo é constituído pela Marinha, Exército e Aeronáutica, que compõem um esforço conjunto para a execução das ações de apoio aos órgãos de saúde e de segurança públicas.

Segundo o Tenente Coronel Silva, representante do Comando Conjunto Bahia, os procedimentos estão sendo realizados em ambientes com maior circulação de pessoas e que apresentem a demanda. “A desinfecção já foi feita em hospitais também. Em alguns locais foi feita, inclusive, a capacitação de funcionários da Limpurb e da Transalvador, por exemplo, para que eles dessem continuidade à higienização, mantendo uma periodicidade”, explica.

A solução química utilizada, de acordo com o Tenente Coronel, não tem cheiro, não é nociva aos seres humanos e não degrada o meio ambiente. Aprovado pela Anvisa e usado na China e em outros locais do mundo, o composto químico age como uma película que extermina vírus, bactérias, fungos e ácaros, formando uma camada protetora que mantém o local higienizado.

A desinfecção já foi feita nos dois fortes em setembro, quando reabriram ao público após o período de restrições estabelecidas por decretos municipais. Desta vez, foi feito um reforço da higienização, como forma preventiva, visando o aumento da circulação de pessoas por conta das férias e da movimentação turística de final de ano.

Nos fortes também funcionam espaços culturais, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secult. No Forte Santa Maria está o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e, no Forte São Diogo, o Espaço Carybé de Artes. Além das desinfecções, medidas de restrições estão sendo adotadas em todos os espaços. Entre elas: distanciamento de 1,5m, lotação máxima de 12 pessoas, permanência máxima de uma hora nos museus, uso obrigatório de máscara, aferição de temperatura na entrada e suspensão temporária as visitas guiadas e do agendamento de visitas. 

Para a estudante de psicologia Victória Maria Oliveira, 20, que visitou o Forte São Diogo, as medidas adotadas passam uma sensação de segurança, mesmo com a pandemia ainda vigente. “Todos estavam usando máscara e mediram a minha temperatura na entrada. Eu já tenho costume de ir ao forte e me senti segura para continuar frequentando depois da reabertura”, conta.

Os locais, sob administração do Exército, estão abertos para visitação gratuita, todos os dias da semana, das 10h às 18h, com exceção das terças-feiras. Tanto o Espaço Pierre Verger quanto o Espaço Carybé ficaram sem funcionar, por conta da pandemia, de 18 de março a 30 de setembro. Agora, com as medidas restritivas, já estão recebendo visitas novamente, mas ainda sem recuperar o ritmo.

No Carybé de Artes, a frequência de visitação de novembro caiu em 57% em comparação com o mesmo mês no ano passado. Já no Pierre Verger, a queda foi ainda maior: 72%. O funcionamento acontece de quarta à segunda, das 10h às 16h e têm gratuidade nas quartas-feiras. Os ingressos custam R$ 20 | R$ 10, e dão direito à visitação dos dois museus. 

*Sob orientação da sub-editora Fernanda Varela