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Fotógrafa do Mali expõe na Casa do Benin resultado de estúdio a céu aberto

Fatoumata Diabaté convidou transeuntes da Praça Castro Alves para posarem com vestimentas típicas da África dos anos 1950/60

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  • Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 18:16

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Amanda Tropicana
. por Foto: Maiara Cerqueira

A fotógrafa malinesa Fatoumata Diabaté levou seu projeto Le Studio Photo de la Rue para o meio da Praça Castro Alves, onde montou um cenário a céu aberto com objetos, vestimentas e tecidos, inspirados na estética dos grandes mestres da fotografia africana dos anos 1950 e 60, dialogando também com artefatos da cultura baiana. Diante disso, ela convidou o público a posar com roupas e objetos para serem retratados em seu estúdio de rua estilizado e com uma atmosfera retrô. 

As imagens capturadas durante a intervenção artística irão compor a Coleção Mali-Bahia, assinada por Fatoumata, que pode ser vista partir desta terça (4), na Casa do Benin, onde os retratados terão acesso a sua fotografia impressa.  A iniciativa é promovida pelo Estúdio África, projeto de intercâmbio, formação, montagem e circulação no campo da fotografia africana, idealizado pela antropóloga baiana Goli Guerreiro.

Mantendo viva a história de um dos repertórios mais significativos da produção cultural africana em diálogo com o povo e a cultura de Salvador, a fotógrafa africana destaca: “Vir ao Brasil com meu Studio Photo de la Rue, e em particular para Salvador da Bahia, é um sonho realizado! Conhecer a cultura afro-americana, aproximar a cultura do Mali e a cultura brasileira... Só concebo meu trabalho por meio de trocas e compartilhamento, foi isso que me orientou e estimulou desde sempre”.Todo o processo de concepção e montagem do estúdio de rua de Fatoumata foi acompanhado por 16  fotógrafas baianas selecionadas para participar de uma formação através de residência artística com Fatoumata Diabaté, que é uma das primeiras mulheres a receber formação no Centro de Formação em Fotografia de Bamako.

Vencedora de vários prêmios fotográficos, é presença constante em festivais de fotografia (como Rencontres d'Arles e La Gacilly), e desde dezembro de 2017 é Presidente da Associação de Mulheres Fotógrafas do Mali, tendo sido curadora no último Rencontres de la Biennale Photographique de Bamako. Recentemente, foi escolhida pela UNESCO para encarnar um dos dez modelos do setor criativo e cultural na África Ocidental em uma campanha digital. Por último, mas não menos importante, Fatoumata Diabaté integrou o Programa de Residências Fotográficas do Musée du Quai Branly com o seu projeto “Nimissa”, vencedor em 2020.

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Essa é mais uma etapa do projeto Estúdio África, que ainda promove o Festival Estúdio África de 5 de novembro a 3 de dezembro, quando as fotógrafas residentes também criarão seus próprios estúdios de rua em diferentes pontos da capital e interior, retratando a população do entorno durante o dia. “Nossa intenção é difundir de forma mais ampla e popular um conhecimento sobre a África contemporânea como um campo de produção artístico e cultural extremamente atraente e promissor, porém muito pouco conhecido no Brasil”, destaca Goli.