Fotógrafo de Lula tem drone apreendido no Carnaval de Salvador

Ele não tinha autorização para sobrevoar o circuito

Publicado em 5 de março de 2019 às 20:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/ CORREIO

O fotógrafo oficial do ex-presidente Lula, Ricardo Stuckert, teve o drone apreendido durante a cobertura do Carnaval no circuito Osmar (Campo Grande). O fato aconteceu no domingo (3) e foi confirmado nesta terça-feira (5) pela polícia. Ele foi conduzido até um posto policial montando no circuito, ouvido e liberado.

Ricardo estava no trio elétrico do bloco Afoxé Filhos de Gandhi quando foi flagrado por policiais militares decolando o drone e fazendo manobras sobre o público. Os militares subiram no caminhão e conduziram o fotógrafo à Central de Flagrantes, na Ladeira da Montanha, onde ele foi ouvido.

A suspeita dos PMs era de que Ricardo não tinha a documentação necessária para pilotar o drone. Nesta terça, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que o material foi devolvido ao fotógrafo no mesmo dia e que ele foi liberado depois que comprovou ter as devidas autorizações.

No entanto, o CORREIO apurou que apesar de Ricardo ter as licenças para operar o equipamento, ele não estava autorizado a sobrevoar os circuitos do Carnaval. A assessoria do Partido dos Trabalhadores (PT) informou que o fotógrafo segue trabalhando, mas que o equipamento não está sendo mais usado.

Além do drone, os policiais apreenderam um cartão de memória com 32GB utilizado durante os registros fotográficos e três baterias com cabo USB.

Barra Quatro dias antes outro drone foi apreendido por policiais por suspeita de documentação irregular. O equipamento era pilotado por um casal, um homem norte-americano e uma mulher brasileira, na região do Farol da Barra.

O material não estava dentro das normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o casal foi encaminhado para um posto policial. Os militares frisaram que o uso de drones irregulares pode causar acidentes e atrapalha no policiamento.

Cuidados Em nota divulgada dias antes da folia, a SSP informou que operadores de Aeronaves Remotamente Pilotadas, como drones, devem ter documentação, habilitação e seguro, além de operar longe de grandes aglomerações. O limite de altura permitido é até 30 metros e a aeronave precisa ficar distante de concentração de pessoas e de equipamentos.

A orientação do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) é de que, além de documentação completa da aeronave, que pode ser solicitada nos sites da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Força Aérea Brasileira (Fab), os operadores devem analisar o local onde os drones sobrevoarão, dispor de seguro contra danos a terceiros e estar habilitados.