Funcionárias da BBC reivindicam igualdade de salários em carta aberta

A disparidade de salário entre mulheres e homens foi evidenciada em um documento publicado pela rede pública de TV e rádio

Publicado em 23 de julho de 2017 às 15:52

- Atualizado há um ano

Funcionárias da BBC se manifestaram em carta aberta a Tony Hall, diretor da rede pública britânica de rádio e televisão, contra a diferença salarial entre os sexos na empresa, que é uma das maiores do ramo de comunicação em todo o mundo. Elas pedem que essa disparidade seja eliminada de imediato, ao invés de 2020 como foi indicado pela diretoria. Algumas personalidades como Clare Balding e Victoria Derbyshire figuram entre as assinaturas da carta.

A diferença gigantesca entre os salários masculinos e femininos ficaram conhecidas depois que a BBC foi obrigada a publicar a faixa salarial de âncoras e atores mais bem pagos. Segundo a lista, dois terços dos funcionários com salários mais altos são homens. A mulher mais bem paga na BBC ganha menos da quarta parte do funcionário que ganha mais. A lista mostrou também que funcionários homens da BBC recebem salários muito mais altos do que mulheres que ocupam os mesmos cargos.

Na carta, as mulheres afirmam que os documentos comprovam uma suspeita antiga. A jornalista Clare Balding, uma das mais importantes da rede, publicou em sua conta no Twitter que ela acha o prazo de 2020 para igualar salários insuficiente e cita a Lei da Igualdade de Pagamento, promulgada em 1970 e Lei da Igualdade, sancionada em 2010. “Estamos de pé juntas para sugerir educadamente que podem fazer melhor”, publicou. Segundo a carta, elas estão tomando providências para que gerações futuras de mulheres que trabalharem na BBC não sejam alvos dessa discriminação.