Goleiro, zagueiro... Bellintani detalha busca do Bahia no mercado

Presidente tricolor explicou planejamento e traçou perfil do elenco para 2021

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 4 de março de 2021 às 05:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Os caminhos que o Bahia pretende seguir na temporada 2021 estão traçados. Na noite de quarta-feira (3), a diretoria apresentou o planejamento para o novo ano. A principal novidade foi a composição da diretoria de futebol. 

Com a saída de Diego Cerri, que não teve o contrato renovado em dezembro, o Esquadrão decidiu adotar um novo modelo de gestão, com a descentralização das decisões. Durante entrevista, o presidente Guilherme Bellintani anunciou a contratação de Júnior Chávare como novo gerente de futebol. Com destaque no trabalho de base, ele ficará responsável por cuidar do futebol profissional, das categorias inferiores e da reformulação do setor de análise e desempenho.  No departamento, Chávare terá a companhia de Lucas Drubscky, que vai cuidar do relacionamento com o mercado, e do coordenador Renê Marques, que desde o final do ano passado faz a função de ponte entre diretoria e elenco.  Além do anúncio de Júnior Chávare, Bellintani falou sobre a reformulação que pretende fazer no elenco. Segundo ele, o primeiro passo foi dado ao não renovar com os jogadores que tiveram os contratos encerrando em fevereiro. Agora, o tricolor parte para o mercado em busca de reposições. A diretoria promete anunciar nos próximos dias: um goleiro, um zagueiro, dois volantes e um ou dois atacantes. 

“Temos discutido desde o final do Campeonato Brasileiro a formação do elenco para 2021, e a gente já vê mudanças. Eu diria que 2021 talvez seja o ano que mais tenha mudanças no elenco em relação aos três anos anteriores da minha gestão. Além de mudar a estrutura do departamento, também temos que mudar elenco. Essa mudança já iniciou, não tivemos a renovação de nenhum atleta com contrato vencido, e outros que têm contrato podem ser que não fiquem, vamos discutir os contratos, mas não vislumbramos futuro”, disse Bellintani, antes de continuar: 

“Naturalmente temos que repor as saídas que tivemos. Precisamos de um goleiro que nos dê segurança e aumente a opção que vai ser dada aos treinadores, um zagueiro para repor a saída de Ernando, já estamos buscando, dois volantes, para os lugares de Gregore e Ronaldo, e um ou dois jogadores de beirada. É um setor do time que está carente desde a saída de Élber. Em síntese, no curto prazo: um goleiro, um zagueiro, dois volantes e um ou dois atacantes. Pode chegar mais um volante, terminamos o ano jogando com três volantes e talvez seja necessário dar mais opções ao treinador”.

Ainda segundo a diretoria tricolor, após a primeira leva de reforços outras contratações só vão chegar caso atletas que têm vínculo deixem o clube. Além disso, o Bahia quer analisar os jogadores do time de transição antes de voltar ao mercado.  

O atacante Clayson, por exemplo, vem treinando separado do elenco e vai definir o seu futuro nos próximos dias. O jogador tem sondagens de outras equipes e não continuará no Bahia em 2021. 

“Outras contratações só vão acontecer quando os que estão aqui saírem, ou perto do Campeonato Brasileiro quando a gente identificar o aproveitamento dos atletas do time de transição, a situação financeira do clube e também a necessidade a partir dos jogos na Copa do Brasil e Copa do Nordeste”, explicou Bellintani.

Equilíbrio Fora as posições que busca para reforçar o time, Guilherme Bellintani falou sobre o perfil dos jogadores que quer ter na temporada. Segundo ele, o Bahia procura ter uma equipe mais equilibrada, que consiga propor o jogo, mas que não seja vulnerável na defesa. O sistema defensivo foi um dos setores mais criticados em 2020.  “Um dos principais problemas que a gente viu em 2020 foi a tentativa de ser um time mais propositivo, mas técnico, e perdemos intensidade, perdemos muitos jogadores que tinham corpo a corpo, mais intensidade, trocamos por um time mais técnico e no final não deu resultado. Para 2021 o que a gente quer é um elenco que consiga um equilíbrio maior. Não vai ser apenas um time reativo, não é o modelo que o Bahia tem no seu DNA, mas que não seja um time tão desprotegido, não tão intenso no dia a dia, no corpo a corpo. O caminho para 2021 é ter um time mais equilibrado, que consiga colocar a bola no chão, mas que tenha um sistema defensivo mais protegido, mais bem cuidado”, finalizou.