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Jovem justificou dizendo que o movimento climático não precisava de premiações, mas de que as autoridades ouçam a ciência
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 08:57
- Atualizado há um ano
A ativista ambiental sueca Greta Thunberg rejeitou nesta terça-feira (29) um prêmio ambiental no valor de 350.000 coroas dinamarquesas (cerca de € 46.800, ou R$ 210.000). A jovem justificou a recusa dizendo que o movimento climático não precisava de premiações, mas de que as autoridades ouçam a ciência.
A jovem sueca, de apenas 16 anos, que reuniu milhões de pessoas em seu movimento Sextas para o Futuro, foi homenageada em uma cerimônia em Estocolmo organizada pelo Conselho Nórdico, um órgão regional de cooperação interparlamentar.
Thunberg foi indicada por sua ação pela Suécia e Noruega e ganhou o prêmio ambiental anual da organização. Mas, após o anúncio, um dos representantes da honraria disse ao público que ela não aceitou o prêmio, informou a agência de notícias TT.
"O movimento climático não precisa de outros prêmios", postou Greta Thunberg em sua conta no Instagram, direto dos Estados Unidos. "O que precisamos é que nossos políticos e as pessoas no poder comecem a ouvir os dados científicos existentes [sobre as mudanças climáticas]".
Crítica até aos países nórdicos Ao agradecer ao Conselho Nórdico por essa "grande honra", também criticou os países nórdicos por não estarem à altura de sua "alta reputação" em questões climáticas.
"Não faltam elogios, não faltam palavras bonitas, mas quando se trata de nossas emissões reais e nossa pegada ecológica per capita, (...) é outra coisa", disse a jovem, que é hoje o rosto mais conhecido da luta contra a inação política diante do aquecimento global.
Com apenas 16 anos, Greta Thunberg ficou famosa quando começou a passar as sexta-feiras em frente ao Parlamento sueco, a partir de agosto de 2018, acenando com a placa "Greve escolar pelo clima".