Grupo de médicos e cientistas protocola pedido de impeachment de Bolsonaro

Negacionismo do presidente vem custando vida de brasileiros, dizem

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 10:44

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Arquivo Agência Brasil

Um grupo formado por médicos e cientistas protocolou pedido de impeachment na Câmara contra o presidente Jair Bolsonaro. No pedido, eles dizem que o presidente cometeu crimes de responsabilidade na maneira como conduziu o governo na pandemia de covid-19.

No embasamento, eles citam várias declarações públicas e ações de Bolsonaro desde março do ano passado, quando o coronavírus começou a se espalhar pelo país, até dia 20 de janeiro. A frase "Não sou coveiro", dita por Bolsonaro ao falar do alto número de mortes por covid no país, está mencionada. Outras frases do presidente se opõe ao isolamento social, recomendado para evitar a disseminação do vírus, e minimizam a doença.

Para o grupo, Bolsonaro usou seus "poderes legais e força política" para desacreditas medidas sanitárias que têm eficácia comprovada e "desorientar a população cuja saúde deveria proteger". Esse negacionismo do presidente custa vida de brasileiros, afirmam.

"O Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia", diz um trecho do documento.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) é quem analisa se aceita ou não o pedido. Mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro já foram protocolados. Lira foi eleito com apoio do presidente para a presidência da Casa.