Hipótese de volta às aulas em setembro está descartada, diz Neto

Prefeito diz que quer salvar ano letivo, mas ainda não há perspectiva de retorno

  • D
  • Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 11:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Valter Pontes/Arquivo PMS

As aulas da rede municipal seguem sem previsão de volta, mas com certeza não haverá retorno em setembro, garantiu nesta sexta-feira o prefeito ACM Neto. "Essa hipótese está inteiramente descartada", afirmou. "Não voltará no mês de setembro".

Neto diz que tem conversado com o governador Rui Costa sobre o assunto. "Compartilhamos da mesma preocupação, que a retomada das atividades escolares possa ser um vetor seríssimo de multiplicação da pandemia. Nesse momento a gente ainda não tem conforto e segurança, e há uma unanimidade nos comitês municipal e estadual que não dá para pensar agora em retomada do ano letivo", afirmou o prefeito, durante evento no Lobato.

Apesar disso, Neto afirmou que não é a favor de descartar o ano letivo. "Nosso desejo é que não se perca o ano de 2020, mas é claro que talvez não seja possível voltarmos com todas as atividades letivas. Daí porque haverá critério para esse retorno", afirmou, repetindo que talvez não faça sentido voltar com a educação infantil este ano.

As equipes de saúde continuam acompanhando o andamento da pandemia para avaliar se é possível retornar alguma atividade escolar a partir de outubro ou não. 

Neto também criticou a falta de articulação nacional do governo federal no tema. "Uma certa omissão do governo federal nesse tema é muito prejudicial a todos nós. Digamos que volte em outubro uma parte e outra em novembro. Claro que vai ser impossível completar o ano letivo em 2020, vai ter que avançar em 2021", disse, afirmando que o ideal seria criar uma grade curricular olhando para 2020 e 2021 de maneira unificada, projetando os conteúdos previstos para os dois anos em menos tempo. 

"A gente avançasse em 2021, por exemplo, prevendo aulas em final de semana, o não recesso escolar, e outras coisas mais, para que o conteúdo não se perca, para que não haja um faz de conta para os alunos. Não podemos sacrificar as nossas crianças e nossos jovens, muitos dos quais estão sem aula, sem aprender, e não é justo que a gente rasgue isso, desconsideresse isso, e faça uma aprovação automática", disse. "Se houvesse uma articulação nacional, presença do Ministério da Educação, do governo federal, essa história toda ficava muito mais fácil. Lamento que não haja", finalizou.