Hollande convoca reunião e decreta emergência após atentado em Paris

Segundo a polícia francesa, o homem que assassinou o policial foi morto por agentes

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  • Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2017 às 01:35

- Atualizado há um ano

(Foto: AFP)Em razão do novo ataque à França, o presidente François Hollande convocou uma reunião do Conselho de Defesa para a manhã de hoje. O objetivo é mobilizar as forças de segurança a 48 horas das eleições presidenciais consideradas de alto risco. Mais de 50 mil policiais civis e militares farão a segurança de seções eleitorais e a proteção de candidatos. 

“Nós devemos todos tomar consciência de que nossas forças de segurança fazem um trabalho particularmente delicado, e eles estão expostos. O apoio da nação é total”, afirmou Hollande, que decretou estado de emergência, regime de exceção que reforça os poderes da polícia, da Justiça e do Ministério Público, em 14 de novembro de 2015. “Tudo deve ser feito para que os policiais possam exercer suas funções, dentro do estado de direito”, defendeu.

Hollande ofereceu condolências à família dos policiais atingidos. “Meus pensamentos vão à família do policial morto e aos parentes dos policiais feridos. Será feita uma homenagem nacional”, disse no Twitter. O presidente disse ainda que a vigilância será “extrema” na eleição.

Candidatos à presidência lamentaram o atentadoA eleição presidencial francesa acontece neste domingo e é uma das mais imprevisíveis dos últimos anos, com quatro candidatos com chances reais de irem ao segundo turno. Os presidenciáveis lamentaram o tiroteio em Paris e declararam apoio à polícia.

Segundo a agência de notícia Reuters, o candidato de centro-direita François Fillon, do partido conservador Republicanos, pediu pela suspensão da campanha. “Homenagem à polícia, que dá sua vida para proteger as nossas”, afirmou. Ele e Marine Le Pen, da Frente Nacional (extrema-direita), cancelaram os eventos agendados para hoje. “Emoção e solidariedade para a nossa polícia, mais uma vez alvo”, disse Le Pen, em sua conta no Twitter.

O presidenciável centrista Emmanuel Macron, ex-ministro da Fazenda do atual presidente François Hollande (Partido Socialista) também se pronunciou sobre o atentado. “Esta noite, quero expressar a minha solidariedade para com as nossas forças de ordem”.

O candidato de extrema-esqueda, Jean-Luc Mélenchon disse que atentados terroristas não ficarão impunes. “Meus pensamentos para os oficiais mortos e feridos e suas famílias. Atos terroristas nunca ficarão impunes, e jamais esqueceremos dos cúmplices”.