Homem apontado como suspeito pela morte de adolescente em Caraíva está preso há 19 dias

Verdadeiro culpado foi identificado nesta terça-feira (25)

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  • Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 05:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: reprodução)

Um homem preso no último dia 6, suspeito de envolvimento na morte da adolescente Nayra Gatti, 14 anos, no distrito de Caraíva, em Porto Seguro, extremo-sul do estado, deveria ter sido liberado nesta terça-feira (25), depois que a Polícia Civil identificou o verdadeiro culpado pelo crime. No entanto, mesmo após 19 dias preso, Valdeneves Soares dos Santos, 51 anos, segue detido. 

A prisão do homem foi solicitada depois que a Polícia Civil teve acesso a áudios deixados por um outro suspeito, que foi identificado como o verdadeiro culpado pelo crime e se suicidou no último dia 5. Na declaração, Renan de Almeida Oliveira afirma que Valdeneves estava bebendo e usando entorpecentes próximo à garota, antes do crime. A vítima foi encontrada com lesões de violência sexual no início de dezembro de 2021.

O filho do homem inocente, que preferiu não se identificar, contou que o seu pai se entregou aos policiais ao ter conhecimento do áudio que o culpava pelo crime. “Ele foi pra delegacia, se entregou e deixou eles recolherem o material genético para realizarem os testes”, explica.

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Valdeneves, que trabalha como pescador, tem dois filhos e quatro netos. “Quando a gente soube que ele estava sendo acusado, a gente preferiu acreditar nele, isso nunca tinha acontecido antes. Ele disse que era inocente e se entregou no mesmo dia”, relatou o filho, de 34 anos. 

O delegado da 23ª Coorpin, com sede em Eunápolis, Moisés Damasceno, responsável pelo caso, explicou que a delegacia já solicitou a liberação do preso e espera somente o alvará da juíza.

O advogado de Valdeneves, Martin Arantes, declarou, no entanto, que a polícia enviou um ofício errado para o juiz logo no início da tarde e só identificaram o erro no final do dia, por isso, o pescador segue preso, mesmo depois de provada a sua inocência.