Homem morre e permanece 'em pé' em São Paulo; legista diz que espasmos podem ser causa

Imagens do caso viralizaram nas redes sociais

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  • Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 15:28

- Atualizado há um ano

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Permanece o mistério sobre um homem de cerca de 50 anos que morreu e permaneceu em pé, encostado em um carro em Santos, litoral de São Paulo. O legista João Roberto Oba apresentou uma teoria para explicar. De acordo com o especialista, o morto pode ter tido espasmos pouco antes do falecimento, causando rigidez precoce e permitindo que o corpo dele permanecesse naquela posição.

O caso inusitado viralizou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o homem em pé, já sem vida, encostado na lateral do carro. Os moradores que passavam pelo local acionaram a Polícia Militar.

"À princípio, todo mundo acha que tem que morrer deitado [...], mas tudo vai depender do local, do momento em que essa pessoa morre", analisa o médico legista em entrevista ao g1.

Os proprietários do veículo receberam as imagens depois, quando o corpo já havia sido deitado na via pela Polícia Militar e aguardava pela remoção. Eles pensaram que era alguma brincadeira de mau gosto. "Por que, como uma pessoa fica naquela situação?", questionou a dona.

O médico legista explica que uma das hipóteses é que pode ter sido apenas o caso de rigidez cadavérica, ou seja, endurecimento dos músculos.

Ele explica que este fenômeno começa a partir de 40 minutos do óbito e pode durar entre oito e 12 horas. "A rigidez começa da cabeça para os pés, em um processo craniocaudal. Com 12 horas você já tem um cadáver completamente rígido", explica o legista.

Outra hipótese levantada pelo especialista é a de espasmos no momento da morte. "Ele pode ter tido o que a gente chama de espasmos fora do período de contratura normal, então ele fica endurecido precocemente. Isso pode provocar o que aconteceu", analisa. "A pessoa fica apoiada no carro [depois de morrer] e vai acontecendo a rigidez com mais rapidez", finaliza.