Hospital Sagrada Família fará 30 partos de risco por mês em Salvador

Procedimentos serão intermediados através do SUS  

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  • Eduardo Dias

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 16:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Valter Pontes/Secom

A partir desta segunda-feira (23), o Hospital Sagrada Família dá um importante passo para se tornar referência em partos de alto risco em Salvador. Com um convênio firmado com a Prefeitura, a unidade hospitalar passará a fazer cerca de 200 partos por mês (2.400 por ano),  sendo 30 de alto de risco (360 anualmente). Além disso, passará a ofertar 7.635 procedimentos ambulatoriais e hospitalares, tudo através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A prioridade do Sagrada Família, localizado em Monte Serrat, na Cidade Baixa, é justamente atender às regiões da Cidade Baixa, Subúrbio e São Caetano. O local, que é referência no serviço de urgência e emergência obstétrica 24 horas, receberá um repasse anual de R$ 17,2 milhões por ano - R$ 9,8 milhões de recursos municipais e o restante do governo federal. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os partos de alto risco são aqueles que indicam a possibilidade de aborto espontâneo, nascimento prematuro ou complicações para mãe e/ou bebê. Nestes casos, os partos demandam uma estrutura mais completa, para atender as possíveis intercorrências. É o que o Sagrada Família receberá.

A solenidade que firmou a parceria entre Prefeitura e hospital ocorreu na manhã desta segunda-feira (23), no Palácio Thomé de Souza, no Centro, e contou com a presença do prefeito ACM Neto e do secretário municipal da Saúde, Leo Prates, além do corpo diretivo do Sagrada Família e vereadores. O objetivo, além de ampliar o atendimento, é possibilitar que o hospital se estruture para obter uma habilitação, junto ao Ministério da Saúde, para ser reconhecido como referência nos partos de alto risco. Foto: Valter pontes/Secom Para Neto, a parceria faz parte de um esforço que a prefeitura vem fazendo para ampliar a rede assistencial de saúde da cidade, principalmente nas áreas que devem ser priorizadas. 

“A gente oferece esses novos serviços numa região muito pobre da cidade, que é a região do Subúrbio, assim como as comunidades mais carentes da Cidade Baixa e de São Caetano, que são localidades que têm uma demanda não-atendida grande de partos. Agora, vamos poder dar esse auxílio às gestantes com os 2.400 partos por ano que vão acontecer por esse convênio por ano”, afirmou.

Ainda na solenidade, Léo Prates informou que Salvador é a primeira capital do Nordeste a ter uma tabela de incentivos, que foi criada para discriminar valores pagos às organizações sociais e instituições filantrópicas que fecham parcerias com o município.  

“Hoje, os hospitais que quiserem firmar contratos podem ver os preços nas tabelas de incentivos federal e municipal, o que dá transparência aos órgãos de fiscalização e ao Ministério Público. Esse contrato é reflexo disso, é o primeiro prevendo parto de alto risco em Salvador”, disse Prates.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram realizados 34.812 partos em Salvador no ano passado. A pasta acrescentou ainda que "estima-se que 15% do total de gestações evoluem para o alto risco. Assim, cerca de 5.522 gestantes tiveram gestações de alto risco no Município do Salvador no ano de 2018". Em 2019, foram contabilizados 22.082 partos até o momento - o levantamento é do dia 1º de janeiro até o início da tarde desta segunda.

* Com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro