Idoso de 69 anos morre vítima da gripe H1N1 em Salvador; é a 9ª morte por Influenza este ano

O homem, que fazia parte do grupo de risco, não chegou a ser vacinado

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  • Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2019 às 11:38

- Atualizado há um ano

Um idoso de 69 anos, morador do bairro de Brotas, morreu vítima de gripe em Salvador. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou nessa sexta-feira (24) que o homem morreu por complicações em decorrência do vírus do tipo H1N1. De acordo com a secretaria, a morte ocorreu no dia 20 de maio, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Hélio Machado, no bairro de Itapuã, onde a vítima estava internada.

O homem, que fazia parte do grupo de risco, não chegou a ser vacinado. Com o episódio, sobe para nove o número de mortes por Influenza registradas no município em 2019, sete delas apenas no mês de maio.

Com apenas uma semana para o término da campanha de vacinação contra a gripe, que será finalizada em 31 de maio, cerca de 150 mil pessoas que compõem o público alvo ainda precisam se proteger contra a doença no município. 

Iniciada no dia 10 de abril, somente 517 mil indivíduos que fazem parte da população elegível receberam a dose da vacina na capital baiana, número que corresponde a 72% de cobertura. A meta da gestão é imunizar pelo menos 90% do público, conforme preconiza o Ministério da Saúde. 

 “A Secretaria Municipal da Saúde tem empenhado todos os esforços para que os residentes do município se protejam contra o vírus da influenza. Durante a campanha a gestão promoveu dois Dias D, disponibilizando as doses nos sábados e em locais de grande circulação de pessoas para oportunizar o imunobiológico para quem não pode comparecer aos postos na semana.  Estamos na reta final e convocamos todas as pessoas dos grupos de risco a procurarem um ponto de vacinação o quanto antes. A vacinação continua sendo a forma mais eficaz para proteger os indivíduos com maior vulnerabilidade em contrair o agravo e evoluir para complicações graves”, alertou a subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis, Doiane Lemos.

Até o dia 31 de maio, devem se dirigir a uma das 128 salas de vacinas espalhadas pela cidade crianças de 06 meses a menores de 06 anos (5 anos 11 meses e 29 dias), idosos à partir de 60 anos, gestantes, mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias, trabalhadores da saúde, portadores de doenças crônicas, professores e militares. Os portadores de comorbidades precisam apresentar relatório ou prescrição  médica com o indicativo para a vacinação, já os demais grupos devem apresentar documento que atestem fazer parte dos grupos prioritários como crachá, carteira de trabalho ou contra cheque, por exemplo.

A doença Início súbito de febre, dor de cabeça, dores musculares, e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza, são alguns dos sintomas da doença. A tosse pode durar duas ou mais semanas, a febre em geral dura de três a cinco dias.  “Ao perceber esses sinais é importante procurar a unidade médica, principalmente se apresentar dificuldade respiratória”, pontuou Doiane.

A subcoordenadora faz um alerta aos profissionais de saúde sobre a importância da notificação que deve ser feita em até 48 horas para a investigação do caso e início do uso da medicação e reversão do quadro clínico do paciente. “O trabalho não é apenas da imunização, as unidades hospitalares, os profissionais de saúde e a própria população devem estar engajados nessa causa para o bem coletivo”, completou.