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Imagens de pessoas desaparecidas passam a ser exibidas no metrô

Dez fotos foram divulgadas em todas as estações e trens do modal

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 15:59

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Nessa segunda-feira (10), os painéis eletrônicos instalados em todos os trens e plataformas das estações do metrô de Salvador e Lauro de Freitas passaram a exibir imagens com informações de pessoas que estão desaparecidas. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Polícia Civil e a CCR Metrô Bahia. Segundo a titular da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), Marta Nunes, ao todo, foram divulgadas dez fotos, de casos considerados ‘mais difíceis’. “São pessoas que desaparecem na capital e região metropolitana e que as investigações nos levaram a crer que possam estar ainda em Salvador ou nas proximidades”, explica.

Até o último dia 30, na capital baiana, 308 pessoas estiveram desaparecidas, das quais 263 já foram encontradas. Os registros são feitos no DPP. “Nós tivemos um crescimento [de desaparecimentos] em relação ao ano passado, mas também um crescimento de 30% nas localizações”, afirma a delegada. Agora, a expectativa é que, com a ação, o trabalho da polícia seja mais bem-sucedido, uma vez que o modal transporta cerca de 340 mil passageiros diariamente. “São muitos olhos que a gente tem todos os dias, então, com uma iniciativa dessa, a chance de a polícia encontrar [os desaparecidos] é maior”, avalia o gerente de Atendimento da CCR Metrô Bahia, Leonardo Balbino.

Nos próprios painéis, estão disponíveis também o número de WhatsApp do DPP, (71) 99631-6538; o telefone da delegacia, (71) 3116-0000; e o do Disque Denúncia, 181. Quem identificar uma das vítimas pode informar à polícia de forma sigilosa. A profissional da área de finanças Miriam Costa, 46 anos, passa pela Estação Rodoviária todo dia, para ir ao trabalho, e acredita que a iniciativa possa trazer resultados positivos. “Apesar de ter uma vida muito atribulada, a gente tem que olhar o outro também”, diz. Já para o estofador André Luiz Silva, que viaja de Pirajá ao Imbuí, na prática, talvez, seja mais difícil. “É útil, sim, mas eu acredito que ajuda mais aquela pessoa que conhece alguém que está desaparecido”, opina.

A mesma campanha já tinha sido lançada na Estação da Lapa — administrada pela Concessionária Nova Lapa —, em agosto, mês marcado pelo Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos. Até então, de acordo com a delegada Marta Nunes, uma pessoa foi encontrada. Com a chegada aos outros terminais, o DPP passa a contar com o reforço de 50 totens, nas plataformas, e 520 monitores, presentes nos trens. Imagens são exibidas tanto nos trens como nas plataformas (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Perfil dos desaparecidos

A maioria das pessoas que desaparecem são homens, com idades entre 31 e 60 anos. “Temos um número considerável de mulheres, mas bem menos do que os homens e nessa faixa etária, acima de 31 anos”, detalha Nunes. Os motivos costumam variar entre conflitos familiares, doenças mentais e uso ou tráfico de drogas. “As doenças psiquiátricas e psicológicas são os [principais motivos] que envolvem os idosos; o uso de drogas ou o envolvimento com o tráfico, algumas dessas pessoas [desaparecidas], às vezes, podem estar mortas ou ter saído, pra entrar no tráfico, e não retornam pra suas casas”.

As estatísticas da Polícia Civil indicam uma maior incidência das duas primeiras causas citadas. A confirmação, porém, se dá apenas quando feitas as localizações. “Entre os três [motivos], o da droga é o menor número; o maior mesmo são pessoas que têm problemas psicológicos ou psiquiátricos ou conflitos familiares, que são muitos”, complementa a titular da DPP.