Inovação e responsabilidade social

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  • Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Sabemos que a inovação é um processo essencial para qualquer negócio. Só que, infelizmente, no Brasil, essa prática tem sido muito limitada em certos setores, o que acaba defasando alguns mercados gigantes, que são responsáveis pela geração de negócios e oportunidades para muitas pessoas. O esporte é um grande exemplo disso.

O mercado esportivo sempre foi conservador, preso às tradições e repleto de iniciativas consideradas ‘mais do mesmo’. Isso faz com que os players do setor fiquem o tempo todo a mercê de processos burocráticos e oportunidades reduzidas. Qualquer tipo de informação ligada ao esporte, por exemplo, está sempre concentrada nos grandes centros, e, por consequência, nas grandes confederações, clubes e marcas.

Os investimentos esportivos são menores nas cidades mais pobres ou menos populosas e nos esportes não tão populares. Seja para um praticante de badminton da periferia de São Paulo ou para um jogador de basquete do interior do Ceará, as oportunidades são igualmente restritas. Portanto, a inovação é a nossa grande chance de mudar esse jogo!

Com a tecnologia como aliada, podemos democratizar a informação, integrar e conectar pontas do mercado, trazendo visibilidade e, por consequência, gerar oportunidades de negócios para qualquer um envolvido no ecossistema. Essa ferramenta também tem o poder de melhorar outros diversos aspectos do esporte: gestão, performance, conhecimento de mercado, tomada de decisões, sustentabilidade e comunicação, por exemplo.

Mas, para que isso funcione, temos que nos preparar e subir de patamar. O Brasil ainda está atrás de países da Europa, Ásia e do próprio Estados Unidos, onde já existem muitas startups e grandes empresas envolvidas neste processo. Ainda assim, já se começa a enxergar algumas mudanças em nosso cenário.

Embora existam apenas 58 SportsTech (startups ligadas aos esportes) mapeadas no Brasil atualmente, segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), as iniciativas que surgiram nesse sentido têm feito um barulho importante, trazendo atenção para inovação no segmento, concorrendo a prêmios recebendo convites de aceleradoras e abrindo caminho em um mercado difícil.

Por isso, é preciso incentivar as iniciativas dessas startups, buscar apoio e acompanhamento das soluções propostas na iniciativa privada, além de realizar um trabalho de mídia e comunicação efetivos. Para impactar pessoas e seus sonhos, primeiro precisamos impactar as empresas e seus objetivos.

É preciso regular o empreendedorismo social focado em inovação, uma vez que, as grandes empresas visam, infelizmente, apenas o lucro. Nossa startup está engajada em mudar este cenário e acreditamos que, da mesma forma que existem cooperativas para iniciativas em diversas frentes e mercados, por que não fazer o mesmo no mercado esportivo? Uma cooperativa de ‘sportstechs’?

Dessa forma, temos um papel fundamental na inovação desse mercado, gerando visibilidade, oportunidades de patrocínio, acesso à profissionais do esporte, conteúdos e benefícios para este nicho, bem como gerar negócios variados, como resultado da relação entre os integrantes desse ecossistema. 

*Márcio Domingues do Nascimento é CTO do AtletasNow

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