Inscrições para ciclo de formação da Maria Felipa entram na reta final

AfroEducativa acontece nos dias 13, 14 e 15 de setembro, com inscrições custando R$60

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  • Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2021 às 16:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Paula Fróes/CORREIO

Tem interesse em fazer um ciclo de formação pensado para pessoas que querem criar uma educação que emancipe o povo negro no Brasil e no mundo? Então é melhor correr: as inscrições para o AfroEducativa, formações pedagógicas oferecidas pela Escola Maria Felipa que contecerão durante o mês de setembro na escolinha afro-brasileira de educação infantil afro-brasileira e trilíngue (português, inglês e libras), estão perto do fim. Vão até a próxima segunda (13).

O evento custa R$60 e terá participação da Dra. em educação Nilma Lino Gomes - autora do livro O Movimento Negro Educador, entre outros, e do Dr. em semiótica e linguística e babalorixá Sidney Nogueira, além de Bruno Coelho, professor de línguas, e da pedagoga Cristiane Coelho, a próxima formação ocorre nos dias 13, 14 e 15 de setembro, através do Google Meet, de 19h às 21h respectivamente. As inscrições devem ser feitas neste link e o evento será completamente virtual  https://www.even3.com.br/afroeducativaformacaomariafelipa/)

Bárbara Carine explica que as formações pedagógicas da Maria Felipa são ferramentas para construir conjuntamente a superação das discriminações, preconceitos e violências, consequentes do racismo, machismo e lgbtfobia, através da educação.

"O público-alvo são pessoas interessadas em construir, pela via da educação, uma sociedade igualitária em todos os sentidos, mas temos o eixo das questões étnico-raciais. Pensamos tanto na perspectiva da comunidade negra, no entendimento da população negra e de como pensar numa educação que emancipe a população negra brasileira e do mundo, como também da população indígena, que são as duas populações racialmente subalternizadas em nosso país pelo brancocentrismo e o eurocentrismo", afirmou a sócia.

Para Bárbara, o projeto ainda tem o obejtivo de  desmistificar o entendimento coletivo acerca da educação escolar afro-brasileira e afroafetiva: “Geralmente as pessoas cometem erros ao pensar a educação que pautamos e um deles é: acreditar que a nossa abordagem é unilateralizada e focada apenas nas religiões de matriz africanas, como se essa fosse a única possibilidade de pensar a comunidade negra na diáspora. Desejamos mostrar que somos pluriversais, que temos múltiplas frentes de atuação, de trabalho, na sociedade, intelectuais, conhecimentos científicos e filosóficos, aspectos culturais de naturezas diversas, a cultura popular, diversas frentes culturais a serem socializadas coletivamente e na escola”, disse.

Também sócia da escola, Maju Passos aponta que toda a formação abre uma série possibilidades: “Toda a formação e esse material é uma possibilidade de fazer um caminho reverso dentro das suas próprias casas até, para quem não tem condições de ter a Maria Felipa para trabalhar com as suas crianças, para quem sente a necessidade e a importância de criar condições para que tenham referências para além das que negam a africanidade e as outras perspectivas que positive a existência do povo negro", afirma.

Programação 13/09 (19h - 21h): Pró Cris Coelho e Prô Bruno Brito Tema: História pretinha das coisas: o caderno bilíngue de atividades afrocentradas de ciências

14/09 (19h - 21h): Dra. Nilma Lino Gomes  Tema: O movimento negro educador: o papel da escola na construção da sociedade que queremos

15/09  (19h - 21h): Professor Dr. e babalorixá Sidney Nogueira  Tema: Superando o racismo religioso na educação escolar: desafios e estratégias