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Instituto ACM distribui presentes em espaço de acolhimento em Salvador

Crianças têm tarde de brincadeiras com presença do Papai Noel

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  • Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 22:49

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Paula Fróes/ CORREIO

Um dia para celebrar o Natal brincando. Foi o que viveram as crianças assistidas pela Organização de Auxílio Fraterno (OAF), na sede da entidade de acolhimento infantojuvenil, no bairro de Queimadinho, em Salvador, durante a tarde desta quarta-feira (21). Em uma ação promovida pelo Instituto ACM, os pequenos cantaram, dançaram, assistiram a apresentações teatrais e foram presenteados com brinquedos. 

Todos ficaram encantados com a primeira atração do evento. Ao som de voz e violão, o artista Kleber Santana cantou diversas canções infantis e recebeu de volta um belo coro das crianças. "Essa eu sei cantar, é muito bonita", disse o pequeno Miguel Dantas, 6 anos, ao ouvir Marmelada de Banana, de Gilberto Gil. 

Em seguida, a agitação do intervalo entre uma atração e outra deu lugar à diversão durante a performance da artista Ana Cacimba. Usando uma roupa com adereços que remetiam à figura de um cavalo, ela imitou alguns personagens e tocou instrumentos de percussão para as crianças. 

Além disso, Ana apresentou um show de marionetes e incluiu na brincadeira a diretora do Instituto ACM, Cláudia Vaz, convidada para cantar a trilha sonora da apresentação. Essa é a terceira ação natalina que a organização realiza este ano. À frente da iniciativa, a gestora destaca a importância de também estar com as crianças. 

"Resolvemos trazer um pouco de alegria, felicidade, não apenas brinquedos, mas estar com elas. Eu acho que isso é mais importante. Claro que do brinquedo elas gostam, mas precisa ter junto com o brinquedo, o amor. Que estejamos juntos, nos integrando, para que o brinquedo tenha sentido", afirmou a diretora do Instituto ACM. 

Acolhimento sentido pela pensionista e proprietária de casas de aluguel Liliane Santos de Jesus, 46 anos, mãe de Lyon Santos de Jesus, de 5. Isto porque o evento aconteceu no mesmo dia em que ela foi visitar o filho. Ele é assistido pela OAF desde bebê, devido ao problema de alcoolismo enfrentado por Liliane. Lyon e Liliane aproveitam ação natalina juntos (Foto: Paula Fróes/ CORREIO) Ela, que não o via desde o início da pandemia, por causa das restrições sanitárias e por estar em tratamento, se sentiu um pouco mais feliz de poder estar com o filho em um momento que transformou o cenário de abandono em uma tarde de celebração para as crianças. “Ele está inteligente, estudando, já escreve o nome e conhece as cores. Fico emocionada, porque ele não vai passar Natal comigo, mas feliz de estarmos juntos em uma festa que lembra a data”, contou Liliane. 

Nem a apresentação da peça Alto de Natal do Grupo Opa Oração pela Arte, a pintura corporal, a distribuição de brindes ou o momento do lanche alegraram tanto as crianças quanto a chegada do Papai Noel. Foi um alvoroço. Elas não sabiam se abraçavam o bom velhinho ou faziam cara de espanto pela presença dele. Impressionado, David Oliveira, 5 anos, gritou para os amigos: “O Papai Noel existe”.  Papai Noel foi atração mais aguardada da celebração (Foto: Paula Fróes/ CORREIO) No saco de presentes, uma lembrança especial: 49 bonecas bordadas à mão pelas integrantes do grupo Fadas Bordadeiras, que integram o projeto À Flor da Pele, do Instituto ACM. As bonecas são costuradas com base na história que vão contar, o que ajuda na hora da brincadeira.

“Uma delas é Catarina Cata Gatos. Era uma menina que tinha uma gata. O animal sumiu e a deixou triste. De repente, a gata apareceu com mais três gatos, e o bordado é ela cheia de gatos no cabelo”, contou a bordadeira Rita Ribeiro, 60 anos. “Cada ponto é de amor, pois sabemos que as confecções vão alegrar crianças como as que estão aqui”, destacou outra integrante do projeto, a bordadeira Bárbara Conceição, 57 anos. 

A OAF é uma instituição de acolhimento a crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, em situação de extrema vulnerabilidade, como abandono, abuso e maus tratos, encaminhadas ao local por órgãos oficiais (Conselho Tutelar, Polícia Civil, entre outros), e existe desde 1958. Ao chegarem, o espaço se torna a residência provisória deles. Hoje são 88 abrigados.

“Esta ação significa sabermos que estamos no lugar certo, fazendo a coisa certa e com o apoio de pessoas que abraçam este tipo de trabalho. É graças a pessoas como Cláudia Vaz e o Instituto ACM que conseguimos levar mais acolhimento para essas crianças”, destacou Jozias Sousa, diretor-presidente da OAF. 

*Com orientação do editor João Galdea