Jovem processa irmão por pegar moletom sem autorização; juiz mandou devolver

Juizado no Paraná deu ganho de causa a irmã, após tentativa de conciliação

Publicado em 28 de maio de 2019 às 19:03

- Atualizado há um ano

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Modelo idêntico ao casaco da discórdia (Foto: Reprodução) É certo que a relação fraternal, muitas vezes, é formada na base das brigas e da pirraça, mas esses irmãos foram longe demais.

Uma paranaense comprou um moletom na Internet. Quando a encomenda chegou, o irmão viu a caixa, abriu, gostou do casaco e ficou para ele. Resultado? A "maninha" o processou para conseguir reaver o moletom.

O caso foi parar no 1º Juizado Civil de Cascavel, no Paraná. Houve uma tentativa de conciliação, mas não houve acordo. E o pior: na audiência, o irmão apareceu trajando o casaco que motivara a disputa judicial "só para provocar".

A irmã levou a melhor na disputa. A sentença do caso saiu ontem (27) e nela o réu foi condenado a devolver a blusa Moletom OKL Mangas Caveira Primeira Linha, tamanho P, cor preta em 24 horas ou o valor equivalente. 

Na decisão, o juiz diz que irmã provou que comprou a blusa de moletom pela internet com o cartão de crédito e pediu que a entrega fosse feita com o nome da mãe dela. De acordo com a sentença, se a blusa fosse da mãe do homem, o réu estaria livre de condenação pelo crime de apropriação indébita ou furto.

Como a peça é da irmã dele, há em tese infração no caso, segundo a sentença. Neste caso, o juiz desconsiderou o fato do valor da peça, que é de R$ 79,99 segundo a decisão. "Foi necessário aplicar o direito onde o amor deveria ter resolvido. Tais pessoas adultas, que deveriam se amar e respeitar, conseguem a proeza de continuar brigando por uma peça de roupa. Onde é que esse mundo vai parar? Será que se o moletom não aparecer teremos que chegar ao cúmulo de mandar um Oficial de Justiça procurá-lo com mandado de busca e apreensão?"", afirmou, na sentença. 

Veja a sentença: