Justiça determina que governo pague salários cortados dos professores da rede estadual

O governo do Estado terá 10 dias para recorrer da decisão da Justiça, que determinou o pagamento imediato dos salários do mês de abril e maio

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 11:59

- Atualizado há um ano

Da Redação

Em uma assembleia realizada na manhã desta terça-feira (29), os professores da rede estadual decidiram pela continuidade da greve, que já dura 49 dias. De acordo com o diretor de imprensa do Sindicato dos Professores Estaduais, Nidaldino Felix, a categoria ainda conseguiu uma liminar da Justiça que determina o pagamento imediato dos salários do mês de abril e maio. O governo do Estado terá 10 dias para recorrer da decisão.

Está marcada para esta quinta-feira (31) uma caminhada dos professores da rede estadual do bairro da Ondina até o Farol da Barra. Ainda de acordo com Nidaldino Felix, a categoria deve receber no aeroporto de Salvador o governador Jaques Wagner, neste domingo (3).

Outra assembleia para discutir os rumos do movimento está marcada para a próxima terça-feira (5), em frente à Secretaria da Educação.

49 dias de greveA categoria exige que o governo pague aos professores da rede estadual o reajuste de 22,22% previsto em acordo assinado ano passado. Entretanto, o Executivo concedeu o aumento sugerido apenas para um quadro especial – que reúne os professores do chamado magistério. Os demais recebem 6,5%, igual a todos os servidores do estado.

Mais de 1 milhão de estudantes estão sem aula em toda a Bahia, e a Secretaria de Educação estima que as escolas da rede estadual estão funcionando normalmente em 230 municípios baianos. Rede ParticularA partir desta terça (29), não serão só os alunos da rede estadual que enfrentarão os problemas para o ano letivo com greves. O presidente do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA), Allysson Mustafá, disse que, após mais uma rodada de negociação, os professores da rede particular decidiram paralisar as atividades a partir de hoje.

“Não houve avanço. O sindicato patronal manteve a proposta deles, mas a greve já está decretada”, destacou Mustafá, após audiência com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (Sinepe-BA), no Itaigara. A categoria reivindica reposição salarial de 4,88% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais ganho real de 10%.

“Essa seria a proposta ideal, mas os empresários só querem dar aumento de 5%. É muito baixo. Praticamente, não há ganho real”, emendou Mustafá. Hoje, às 8h, está prevista assembleia no Teatro Jorge Amado, na Pituba.

Segundo o sindicato dos  professores, serão apresentado os resultados das negociações de ontem e serão definidos os rumos do movimento. “Temos uma estimativa de 20 escolas que pararam. Oficina, Anchieta, Mendel, Módulo, Portinari, Isba e Marista, entre outras”, finalizou Mustafá.